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O WhatsApp está testando um novo recurso que permitirá, pela primeira vez, que as pessoas enviem mensagens sem precisar usar o celular.
Atualmente, o WhatsApp está vinculado ao telefone do usuário. Seus aplicativos de desktop e web precisam que o dispositivo esteja conectado para receber mensagens.
Mas o novo recurso permitirá que os usuários enviem e recebam mensagens “mesmo que a bateria do telefone acabe”, segundo informou a empresa.
Até quatro outros dispositivos – como PCs e tablets – podem ser usados juntos, disse o WhatsApp.
Para começar, o novo recurso será lançado como um teste beta para um “pequeno grupo de usuários”, e a equipe planeja melhorar seu desempenho e adicionar recursos antes de habilitá-lo para todos.
Propaganda
A BBC News Brasil diz que a criptografia ponta a ponta – ponto-chave de “propaganda” do WhatsApp – ainda funcionará com este novo sistema, disse a empresa.
Vários outros aplicativos de mensagens já possuem esse recurso, incluindo o aplicativo criptografado rival Signal, que requer um telefone para se inscrever, mas não para trocar mensagens.
O recurso é há muito tempo reivindicado por usuários do WhatsApp, utilizado por cerca de dois bilhões de pessoas no mundo todo, segundo a empresa.
Tecnicamente, a solução foi dar a cada dispositivo sua própria “chave de identidade”. O WhatsApp mantém um registro de quais chaves pertencem à mesma conta de usuário.
Servidor
Isso significa que a plataforma não precisa armazenar mensagens em seu próprio servidor, o que pode levar a questões de privacidade.
Mas para Jake Moore, especialista em segurança da empresa de antivírus Eset, não importa o quão robusta seja a segurança, ter mensagens em mais dispositivos ainda pode ser uma preocupação.
“Sempre haverá um ator malicioso procurando criar uma nova maneira de invadir”, disse ele.
“Abusadores e ‘stalkers’ agora podem usar esse novo recurso a seu favor, criando terminais adicionais para capturar qualquer comunicação privada sincronizada.”
Ele também disse que a engenharia social é uma ameaça “cada vez maior” e que é responsabilidade do usuário ficar atento a possíveis usos indevidos.
“Portanto, é vital que as pessoas conheçam todos os dispositivos que estão conectados à sua conta”, alertou.