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Aluísio estudava em um quarto cercado de livros, apostilas e cadernos, e para não pegar no sono, adotava medidas pouco comuns
Sem recursos, vendedor contou com ajuda de muitos para ingressar em medicina (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Depois de muita luta, ele conseguiu! O vendedor de algodão doce Aluísio Gustavo Miranda da Silva, de 40 anos, passou no vestibular de medicina da Universidade Federal de Jataí (UFJ) após nove anos tentando.
Nascido em uma família simples de Rio Verde, em Goiás, Aluísio desde pequeno sonhava em ser médico. Morando atualmente em Aparecida de Goiânia, ele dividia o tempo entre os estudos e o trabalho como vendedor de algodão doce no semáforo, palhaço e animador de festas.
Aluísio estudava em um quarto cercado de livros, apostilas e cadernos. Para não pegar no sono, adotava algumas medidas pouco comuns.
“Eu enchia uma bacia de água e punha embaixo dessa mesa aqui. Eu estudava com o pé na água gelada para não dormir. Quando a água não resolvia mais, eu estudava em pé no quarto”, contou.
Seu foco sempre foi medicina, mas, em 2006, Aluísio foi aprovado para medicina veterinária. Porém, na reta final do curso, descobriu uma alergia ao pelo de animais, tornando-se impossível continuar na clínica onde ele trabalhava à época.
Orgulho dos professores e da família
Foi quando decidiu retomar o sonho de ser médico. Sem dinheiro para pagar um cursinho, contou com a ajuda de escolas particulares que lhe concederam bolsas de estudos.
“Apareceu o Aluísio contando a história dele e, naquela época, ele pedia por uma bolsa, uma oportunidade para estudar naquela escola de redação porque foi a matéria que, naquele ano, foi o empecilho para ele entrar na faculdade”, disse o professor Beto Ferreira.
“O Aluísio, como aluno, todo mundo conhece. Como ser humano, todo mundo tem que conhecer. Eu reconheço demais seu esforço, admiro demais o que você faz. Como homem, eu te levo como referência na minha vida”, continuou.
De acordo com o portal Razões para Acreditar, Aluísio reconhece o próprio esforço para chegar lá, mas, nas suas palavras, essa conquista é coletiva: dele e de sua família!