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Setor cresceu 2% em 2017, após dois anos seguidos no vermelho, tendo o melhor desempenho em quatro anos
O comércio varejista
brasileiro cresceu 0,9% em janeiro, na comparação com dezembro (com ajuste
sazonal), beneficiado pelas vendas no segmento de hipermercados e alimentos. Os
dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) nesta terça-feira, 13 de março.
Na comparação com janeiro de 2017 (sem ajuste), o volume
de vendas do comércio avançou 3,2%, a 10ª alta seguida e o melhor resultado
desde 2014. Já no acumulado de 12 meses, o comércio cresceu 2,5%, maior avanço
desde novembro de 2014, quando subiu 2,6%.
Segundo a gerente da coordenação de serviços e comércio
do IBGE, Isabella Nunes, o indicador acumulado em 12 meses é o mais
significativo na medida que sugere a real tendência de recuperação do setor.
Isabella ponderou, no entanto, que apesar da trajetória positiva, “o
patamar atual de vendas está 8,1% abaixo do nível recorde alcançado em outubro
de 2014”. Com isso, segundo ela, pode-se afirmar que a recuperação do setor é “lenta
e gradual”.
Segmentos
A alta foi beneficiada por hipermercados, supermercados, produtos
alimentícios, bebidas e fumo, que subiu 2,3%, junto de artigos de uso pessoal e
doméstico (6,8%). Os dois segmentos compensaram as quedas no mês anterior, de
1,7% e 7,2%, respectivamente. “Nos 12
meses, todas as atividades estão em recuperação e isso indica uma trajetória de
retomada”, apontou a pesquisadora.
O IBGE revisou os dados do
comércio de dezembro. Ao contrário do recuo de 1,5% ante novembro, conforme
divulgado anteriormente, a queda foi de 0,5%. De acordo com a gerente da
Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, Isabella Nunes, o órgão revisou
dados primários, além do ajuste de informações.
Em 2017, o varejo brasileiro cresceu 2%, após dois anos
de fortes quedas. O resultado foi influenciado pelas vendas de móveis e
eletrodomésticos, que voltaram a aumentar com a queda das taxas de juros.
Resultado de vendas no varejo por setores:
– supermercados, produtos alimentícios, bebidas e
fumo (2,3%,)
– artigos de
uso pessoal e doméstico (6,8%).
– equipamentos
e materiais para escritório, informática e comunicação (3,7%)
– tecidos,
vestuário e calçados (0,9%)
– livros,
jornais, revistas e papelarias (0,3%)
– artigos
farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-2,5%)
– móveis e
eletrodomésticos (-2,3%)
– combustíveis
e lubrificantes (-0,3%).
Varejo ampliado
O volume de vendas do comércio varejista ampliado, que inclui
também as atividades de veículos, motos, partes e peças e material de
construção, recuou 0,1% ante dezembro de 2017, após a queda de 0,4% em
dezembro.
Frente a
janeiro de 2017, o varejo ampliado subiu 6,5%, nona taxa positiva seguida. O
acumulado em 12 meses subiu 4,6% em janeiro, maior variação positiva desde
setembro de 2013 (4,9%), mantendo a trajetória de alta iniciada em julho de
2016.