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Em Franca, o comércio de doces caseiros tem se destacado como uma importante fonte de renda extra para muitos moradores
Muita gente em Franca tem, nos doces caseiros, uma fonte de renda expressiva – foto Maria Aparecida Moura
Em Franca, o comércio de doces caseiros tem se destacado como uma importante fonte de renda extra para muitos moradores.
Diante de um cenário econômico desafiador, com inflação e taxas de desemprego ainda elevadas, a economia informal se tornou uma saída viável para driblar a crise.
Dados recentes revelam um crescimento expressivo na economia informal da cidade, com muitos empreendedores optando por pequenos negócios, como a venda de doces, para complementar a renda familiar.
A Realidade dos Microempreendedores
Maria Aparecida Moura, moradora do bairro São Joaquim, viu na produção de brigadeiros uma oportunidade para equilibrar o orçamento doméstico.
“Comecei fazendo brigadeiros para a festa de aniversário do meu filho, e os convidados adoraram. Depois disso, comecei a receber pedidos e hoje já faço encomendas para eventos e até para revenda em comércios locais”, conta ela.
O faturamento, segundo Maria, tem ajudado a pagar as contas, especialmente com a alta dos preços dos alimentos.
De acordo com o Instituto de Economia da ACIF, Franca tem visto um aumento significativo no número de microempreendedores individuais (MEIs). Em 2023, houve um crescimento de 22% na abertura de novos CNPJs, muitos deles no setor de alimentação.
Outro exemplo é de João Carlos Rezende, que após perder o emprego na indústria calçadista, decidiu investir em receitas tradicionais de sua família, como bolo de fubá e pudim de leite.
“Foi uma maneira de recomeçar. Com o apoio da minha esposa, começamos a vender para os vizinhos e amigos. Hoje, temos uma clientela fiel e conseguimos nos manter”, relata João, que planeja expandir o negócio para as redes sociais.
O Impacto na Economia Local
Além de bolos tradicionais, João Carlos também começou a produzir brownies – foto João Carlos Rezende
A venda de doces caseiros não apenas sustenta diversas famílias, mas também movimenta a economia local, criando uma rede de microempreendedores que se apoia em fornecedores locais, desde ingredientes até embalagens.
Embora a economia informal não seja completamente regulamentada, ela representa uma parcela significativa da atividade econômica em Franca, contribuindo para a diversidade do mercado e oferecendo produtos artesanais e personalizados, que são cada vez mais valorizados pelos consumidores.
A informalidade, entretanto, também traz desafios, como a falta de acesso a crédito e a proteção social limitada.
Por isso, iniciativas como os cursos oferecidos pela ACIF e Prefeitura de Franca buscam capacitar esses empreendedores para formalizar seus negócios e melhorar a gestão, garantindo uma maior sustentabilidade e crescimento a longo prazo.
Em um cenário onde a resiliência e a criatividade são essenciais, a venda de doces caseiros em Franca se configura como uma alternativa promissora para quem busca estabilidade financeira em tempos de incerteza.