Veja o caso de consumidores inadimplentes que desconhecem as dívidas em atraso.

  • Cláudia Canelli
  • Publicado em 9 de julho de 2024 às 10:00
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Bancos e cartões (29,07%) seguem como principal causa das dívidas, seguido pelas contas básicas de água, luz e gás natural (22,13%)

Pelo menos 20 milhões de consumidores brasileiros estão inadimplentes e sequer conhecem a existência de débitos em seus nomes. O dado é um levantamento da Serasa e representa quase 30% dos 72 milhões com dívidas em atraso.

Esses consumidores, segundo a análise, fazem parte de um grupo de 51 milhões de pessoas que nunca consultaram se há pendências no CPF. Por isso, não sabem que têm contas atrasadas, parte delas já negativadas pelos credores, e que podem ser renegociadas.

Gerente da plataforma Serasa Limpa Nome, Aline Macial observa que consultar o CPF com regularidade auxilia o consumidor a ter uma visão mais clara da saúde financeira e “evitar surpresas indesejadas”.

“Estar consciente de seus compromissos é passo fundamental para manter uma jornada financeira mais saudável, ciente do seu próprio histórico de crédito e das dívidas existentes em seu nome. Só assim é possível estabelecer um planejamento para regularizar as contas em aberto”, complementa.

Inadimplência tem nova queda

Após dois meses de alta, o país encerrou maio com 72,5 milhões de inadimplentes, segundo o Mapa da Inadimplência e Negociação de Dívidas da Serasa. O patamar representa uma redução de 1,20% em relação a abril. São 884 mil nomes a menos no cadastro de negativação.

Na mesma linha, o volume das dívidas também caiu: em comparação aos últimos 30 dias, o país registrou uma queda de 1,3 milhões de débitos. Ao todo, são 273 milhões de dívidas, somando mais de R$ 394 bilhões.

Segundo o jornal Extra, bancos e cartões (29,07%) seguem como principal causa das dívidas, seguido pelas contas básicas de água, luz e gás natural (22,13%).

Entretanto, ambos também perderam força e contabilizaram queda de, respectivamente, 1,87 e 0,5 pontos percentuais. O segmento de serviços, por sua vez, foi o que mais cresceu em maio, representando 11,86% das dívidas, ainda atrás das financeiras (empresas de crédito que não são bancos), com 17,54%.


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