Veja a lista dos 10 alimentos com mais fraudes no mundo — e como identificá-los

  • Cláudia Canelli
  • Publicado em 23 de julho de 2024 às 10:00
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46% dos casos de adulteração nos alimentos representam algum risco potencial à saúde de quem consome esses produtos

Um vídeo que viralizou nas redes sociais e no WhatsApp nas últimas semanas revela uma suposta fraude na produção da castanha de caju.

Nas imagens gravadas na Índia, é possível ver algumas pessoas preparando uma massa que, ao ser frita em óleo quente, fica com um aspecto muito parecido ao fruto seco.

Embora esse caso específico não constitua uma fraude — diversos veículos indianos confirmaram que o quitute, conhecido como kaju biscuit, é um salgadinho comum em algumas regiões do país —, há uma crescente preocupação com os impactos gerados pela adulteração de alimentos.

A FDA, a agência regulatória dos Estados Unidos, estima que 1% de todos os alimentos produzidos no mundo sofram algum tipo de fraude, o que gera prejuízos na casa dos US$ 40 bilhões (cerca de R$ 216 bilhões) todos os anos.

Saúde pública

Esses produtos também representam riscos em termos de saúde pública — se, por exemplo, uma pessoa alérgica à soja comer um hambúrguer de carne bovina que ganhou a adição desses grãos sem nenhum aviso na embalagem.

Mas, afinal, quais são os alimentos mais visados nessas fraudes?

Um levantamento publicado em 2024 por especialistas em certificação de cadeias produtivas analisou mais de 15 mil registros públicos sobre o assunto, identificados entre os anos de 1980 e 2022.

Os dados revelam que os dez alimentos mais fraudados no mundo foram:

Leite de vaca;

Azeite de oliva extravirgem;

Mel;

Carne bovina;

Pimenta em pó;

Azeite de oliva sem especificação de qualidade;

Cúrcuma em pó;

Leite em pó;

Vodca;

Ghee (manteiga clarificada).

Lista de alimentos

O levantamento completo compreende 20 alimentos. Completam a lista suco de laranja, leite de cabra, vinho, carne de frango, carne moída, uísque, outras bebidas alcoólicas, açafrão, azeite de oliva virgem e o óleo de gergelim.

Os achados, compilados por pesquisadores das empresas americanas FoodChain ID, Henry Chin and Associates e Moore FoodTech e do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) do Brasil, foram publicados no periódico científico Journal of Food Protection em março de 2024.

Segundo a BBC Brasil, os dados revelam que 46% dos casos de adulteração representam algum risco potencial à saúde de quem consome esses produtos.

Índia, China, Estados Unidos, Itália e Reino Unido foram os países com o maior número de fraudes detectadas.

O Brasil aparece em uma posição intermediária desse ranking, ao lado de outros países europeus, asiáticos e africanos.


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