Valor da tarifa de água responde por metade das queixas feitas contra a Sabesp

  • Cláudia Canelli
  • Publicado em 21 de janeiro de 2022 às 11:00
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

O segundo item que mais gera queixas para contra a Sabesp está ligado a problemas de interrupção no fornecimento de água.

Com mais de 1,1 milhão de queixas registradas durante quase dois anos de pandemia, o valor da tarifa de água é responsável pela metade das queixas dos mais de 27 milhões de usuários atendidos pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

As informações, parte de levantamento feito pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCESP) junto ao órgão, apontam que a interrupção do abastecimento e falhas na coleta e no tratamento respondem por outra metade das ocorrências registradas pelos usuários do sistema em 375 municípios dos 644 fiscalizados (exceto a Capital).

Os dados colhidos pelo Tribunal de Contas abrangem o período de março de 2020 a dezembro de 2021 e estão disponíveis para consulta por meio da plataforma ‘Painel de Gestão de Enfrentamento da COVID-19’, atualizada na terça-feira (17/01) pela Corte de Contas paulista.

O acesso ao painel, com todas as informações, pode ser feito pelo link https://bit.ly/3Asypi1.

Reclamações

Desde março de 2020 até o final de dezembro, das 1.126.582 reclamações endereçadas à Sabesp, 560.877 (49,8%) são referentes ao valor da tarifa cobrada.

O segundo item que mais gera queixas para a companhia está ligado à interrupção no fornecimento de água. No período, foram contabilizadas 410.508 ocorrências por parte da população, representando 36,4% do total.

Falhas no sistema de coleta e problemas no tratamento do esgoto respondem por 13,8% das queixas dos usuários, um total de 155.197 ocorrências.

Gastos

O órgão, que atende 58% das cidades paulistas no interior e no litoral, investiu, desde o início da crise sanitária provocada pela COVID-19, um total de R$ 118.213.280,63, com a isenção de tarifas, visando garantir o acesso ao saneamento para os grupos vulneráveis entre abril e setembro de 2020, não estando mais em vigor a partir de então.

Além das medidas como a isenção das tarifas dos usuários dos programas Residencial Social e Residencial Favela, a companhia ainda desenvolveu outras ações para mitigar os efeitos da pandemia no abastecimento, como a distribuição de caixas d’água, a instalação de lavatórios e a higienização em espaços públicos.


+ Justiça