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Menor do que uma pílula, a micro bateria pode ser usado em procedimentos médicos como endoscopia
Uma microbateria de gelatina foi desenvolvida por pesquisadores do Instituto de Química de São Carlos, da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com a Universidade Harvard, dos Estados Unidos.
Não se trata de uma bateria comum, daquelas usadas em equipamentos domésticos.
A finalidade do produto é outra como explica o professor Frank Crespilho, coordenador do projeto.
Geralmente, pilhas de baterias são compostos químicos muito eficientes, como a bateria de lítio, baterias alcalinas. Para os professores da USP, no entanto, os seus compostos não são seguros.
Isso motivou os pesquisadores, porque há uma demanda na área médica para a aplicação de outros dispositivos que necessitem de uma bateria e que esta seja segura.
De acordo com o pesquisador Frank Crespilho, a nova microbateria pode trazer mais segurança para procedimentos médicos como fornecer energia para uma pílula que foi desenvolvida nos Estados Unidos e que pode substituir o exame de endoscopia.
Na pesquisa foi utilizada uma bateria de prata, mas também pode ser utilizada bateria de lítio. Só que a bateria de prata contém um líquido muito alcalino.
Se este líquido se abre no esôfago pode causar grandes danos ao paciente. Então, a ideia dos pesquisadores foi tentar construir uma microbateria que atendesse já, diretamente, a esta aplicação.
Há 10 anos, os pesquisadores da USP desenvolvem estudos na área. O grupo usou um tipo de açúcar que pode ser extraído de algas marinhas para produzir a gelatina vegetal e outras moléculas encontradas na natureza.
Além de ser menos nociva à saúde dos pacientes e causar menos impacto ambiental, a nova tecnologia também custa menos
Os testes em laboratório já foram concluídos. A expectativa é que, no futuro, a técnica possa ser usada para desenvolver baterias maiores para dispositivos como marca-passo cardíaco, por exemplo..