Universidades públicas ganham aporte milionário para testar canabidiol contra doença

  • Joao Batista Freitas
  • Publicado em 2 de outubro de 2021 às 18:30
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O canabidiol é encontrado em pequeno volume no caule e na folha da Cannabis, não causa dependência nem altera o raciocínio

Canabidiol está sendo pesquisado em universidades públicas para ser utilizado no tratamento de várias doenças

Seis importantes estudos clínicos brasileiros acabam de receber o investimento de 15 milhões de reais para testar o canabidiol em diferentes doenças.

O aporte, um dos maiores já vistos nos estudos com o composto da maconha, veio da farmacêutica nacional Greencare e foi destinado a três instituições públicas de pesquisas: Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Universidade de São Paulo (USP) e Universidade  Federal da Paraíba (UFPB).

Metade dos trabalhos já está em andamento. O mais avançado, coordenado pela Unifesp, se configura como o primeiro no mundo a pesquisar o uso da substância no tratamento da endometriose.

Duas outras pesquisas clínicas, uma da USP para sintomas não motores da doença de Parkinson,  outra da UFPB para tratar a ansiedade, foram liberadas recentemente pelos comitês de ética das instituições. As demais serão anunciadas em 2022.

Estudos já comprovam

Os medicamentos à base de canabidiol estão cada vez mais presentes em estudos clínicos que buscam descobrir novas maneiras de aliviar dores crônicas.

Em São Paulo, o Núcleo de Insuficiência Cardíaca e Dispositivos Mecânicos para Insuficiência Cardíaca do Instituto do Coração coordena atualmente a primeira pesquisa do Brasil para saber se a substância pode ser usada no tratamento de pacientes com sintomas persistentes de Covid-19.

Com duração prevista de três meses, a pesquisa contará com 290 voluntários que, mesmo após a infecção, apresentam fadiga muscular, insônia, ansiedade, depressão, entre outros sintomas da doença.

A maconha é a droga mais estudada para fins medicinais. A planta Cannabis sativa possui diversos compostos,  sendo os mais conhecidos, além do canabidiol, o THC. Ambos interagem com receptores presentes no organismo.


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