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Estudo feito pela Fundação Seade mostra que 71% dos domicílios conectados acessavam à rede através de banda larga fixa
A conexão à internet nos domicílios paulistas é estabelecida, preponderantemente, por banda larga fixa, apesar de quase uma em cada cinco residências serem conectadas via modem ou chip móvel.
“A conexão via banda larga fixa tende a assegurar uma conectividade de melhor qualidade, e sua cobertura cresceu durante o período da pandemia, mantendo-se relativamente estável em 2022”, explica Irineu Francisco Barreto Junior, da Fundação Seade.
Banda larga fixa estava presente em 71% dos domicílios paulistas com acesso à rede, sendo a maior parte por tecnologia de fibra ótica/cabo de TV.
Por outro lado, 18% desses domicílios permanecem dependendo exclusivamente de conexão móvel (via modem ou chip 3G ou 4G), o que leva a limitações do acesso.
Difusão
O acesso à internet se difundiu nos domicílios paulistas entre 2019 e 2022, no entanto perduram desafios em assegurar a universalização da conectividade significativa, ou seja, acesso a dispositivo de qualidade, velocidade de conexão adequada e estrutura de rede estável que assegure a transmissão de dados.
Os resultados sugerem que os avanços na cobertura dos domicílios e o incremento no número de usuários podem ter representado esforços no enfrentamento das necessidades do período pandêmico, mas que, com a retomada das atividades presenciais, houve uma interrupção dessa expansão.
Persistem ainda diferenças no acesso às TICs associadas a escolaridade, idade e condição socioeconômica dos usuários, sinalizando desvantagem na qualidade do acesso e suas oportunidades.
Houve incremento na velocidade de conexão nos domicílios do Estado de São Paulo que acessam a internet.
Em 2022, a cobertura de até 20 Mbps, menor registrada na pesquisa, foi reduzida em 19 p.p. em relação a 2019, enquanto a de 51 Mbps ou mais (mais larga) cresceu 20 p.p. no período, tornando-se presente em cerca de um terço dos domicílios conectados.
Estudo Seade
“Esse comportamento sugere um investimento em conexão de melhor qualidade nos domicílios, recurso que permite o usufruto de benefícios como maior estabilidade, além de suportar a realização de uma gama maior de atividades on-line”, destaca o estudo da Fundação Seade.
Apesar da elevada cobertura de domicílios conectados à internet, é notável que em apenas 41% das unidades há conexão com a rede associada à presença de computadores, e esse patamar decresceu na série analisada.
Além disso, um em cada cinco domicílios paulistas é desconectado, ou seja, neles não há computador ou acesso à internet. Em 37% das residências há somente registro de internet, o que sugere a conectividade por outros dispositivos como o telefone celular.
Esse comportamento difere conforme a condição socioeconômica: a grande maioria dos domicílios das classes A/B dispõe de computador, enquanto esse equipamento é escasso nas classes D/E.
“Vale lembrar que a utilização do computador favorece o desenvolvimento de habilidades digitais ligadas a trabalho e educação e, portanto, sua inexistência pode limitar o acesso aos benefícios da internet”, conclui o estudo da Fundação Seade.
Para mais informações clique aqui:
Sobre o estudo
Os dados são da Pesquisa sobre o Uso das Tecnologias de Informação e Comunicação nos Domicílios Brasileiros − TIC Domicílios, edições 2019, 2021 e 2022, realizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br).
O universo da pesquisa é composto por domicílios particulares permanentes brasileiros e pela população com dez anos de idade ou mais residente em domicílios particulares permanentes no Brasil.
Nesse estudo foram calculadas as estimativas para o Estado de São Paulo separadamente, no âmbito do plano de trabalho do convênio entre a Fundação Seade e o Cetic.br|NIC.br.