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Como deve faltar fertilizante, o agricultor vai plantar menos e a oferta vai reduzir, com potencial para aumentar os preços dos alimentos.
O presidente Jair Bolsonaro afirmou que o Brasil deve enfrentar “problemas de abastecimento” no ano que vem.
De acordo com o mandatário, o cenário de possível falta de produtos em 2022 está relacionado com a crise energética na China.
“Eu vou avisar um ano antes, fertilizantes: por questão de crise energética, a China começa a produzir menos fertilizantes. Já aumentou de preço, vai aumentar mais e vai faltar”, declarou Bolsonaro, durante cerimônia no Palácio do Planalto.
Segundo o presidente da República, a cada cinco pratos de comida no mundo, um sai do Brasil.
“Vamos ter problemas de abastecimento ano que vem”. Ainda segundo Bolsonaro, diante do cenário a Secretaria de Assuntos Estratégicos está concluindo a elaboração de um plano emergencial de fertilizantes.
O quadro na segunda maior economia do mundo deve ter impactos sobre o Brasil, sendo que os primeiros efeitos já estão sendo sentidos.
O agronegócio enfrenta maior dificuldade para comprar defensivos e fertilizantes e o setor de mineração vê as cotações internacionais em queda. O setor de energia, por sua vez, é afetado pelos preços recordes do gás natural.
Segundo Bolsonaro, o homem do campo sabe o quanto de fertilizante precisa usar por hectare. ”
Não adianta ele botar X – Y que não vai dar certo. Na ponta da linha, não vai ter a produtividade necessária”, falou o presidente da República.
A previsão de Bolsonaro é sombria. “O agricultor vai ter que botar a mesma quantidade de fertilizante, como deve faltar fertilizante, por falta de oferta no mercado, ele vai plantar menos, se vai plantar menos, vai colher menos. Menos oferta e a procura igual tem aumento de preços”, explicou.