Túmulo de religioso que viveu e fez milagre em Franca é vandalizado e furtado

  • Teo Barbosa
  • Publicado em 11 de janeiro de 2023 às 19:00
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Devotos e romeiros têm o hábito de deixar presentes, esmolas e ofertas no túmulo do padre como forma de agradecimento

O mausoléu que abriga o túmulo do padre Donizetti Tavares de Lima foi vandalizado e furtado em Tambaú, interior de São Paulo, nesta semana. A denúncia foi feita nas redes sociais pelo prefeito da cidade, Leonardo Spiga Real.

Esta é a segunda vez que o túmulo do padre Donizetti é atacado. A primeira ocorreu em 2021. Um boletim de ocorrência foi aberto para apurar os crimes desta terça-feira, dia 6 de janeiro, segundo a CNN Brasil.

Segundo o prefeito de Tambaú, devotos e romeiros têm o hábito de deixar presentes, esmolas e ofertas no túmulo do padre como forma de agradecimento. A coleta é feita periodicamente pelo Santuário de Nossa Senhora Aparecida da cidade.

Padre Donizetti Tavares de Lima, depois de morar em Franca — onde ainda tem familiares — trabalhou por 35 anos em Tambaú.

Em 2019, ele foi beatificado pelo Vaticano e está tramitando seu processo de santificação.

Milagre em Franca

No Vaticano, tramita um processo para a sua beatificação e mais de 400 pessoas foram entrevistadas, segundo o pesquisador Paulo Rogério Rocco, sobre milagres que teriam acontecido por seu intermédio.

Um desses milagres teria se dado em Franca, de acordo com o livreto Novos Milagres em 1956 do Padre Donizetti Tavares de Lima, publicado pelos vereadores da Câmara Municipal de Tambaú, por ocasião do pedido de abertura do processo de beatificação do religioso, em 25 de maio de 1991.

O milagre francano narrado na publicação e que foi para o Vaticano teria se dado com Antônio Cândido de Souza, que morava na Rua Francisco Marques.

O próprio narrou que seu filho, Alberto Luiz de Souza, voltou à vida após estar morto durante 10 minutos, pela invocação do nome de Nossa Senhora Aparecida e do Padre Donizetti.

Testemunhas do milagre

A criança, ainda de acordo com o livreto, esteve com angina durante 12 horas, foi tratada sem sucesso por um médico da cidade, e teria morrido depois de aplicada uma injeção em uma das farmácias da cidade.

Testemunharam a morte e a ressurreição: Emilio Peres, dona Mariana, vizinha do declarante, o farmacêutico Paulo e o Francisco Fernandes, todos de Franca. Como se vê, a história de padre Donizetti está mais ligada a Franca do que se imagina.


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