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Pandemia afetou mais de 2,2 mil alunos que usavam Vans e micro-ônibus diariamente em Franca
A pandemia do novo Coronavírus fez com que as escolas fechassem as portas e mandassem seus alunos para casa.
Alguns, para ter aulas e atividades à distância, outros para as férias que tirariam só em julho.
Isso afetou diretamente o transporte de vans e micro-ônibus. São 170 profissionais que trabalham no segmento em Franca, aproximadamente.
O transporte escolar em Franca envolve mais de 2,2 mil alunos. Por dia são transportados em cada Van uma média de 65 alunos.
E cada Van tem o seu proprietário que, nessa época de pandemia, está negociando com os pais, já que pelo contrato que tem com os pais, o transporte envolve 12 meses.
Ronald Essado de Souza, presidente da Associação do Transporte Escolar, ressaltou que o jeito é fazer a negociação individual e buscar uma melhor saída para essa situação, já que a pandemia afetou a todos.
A regra é de que os contratos feitos entre os donos de vans e pais geralmente é anual, com divisão do pagamento em 12 parcelas.
Mas a crise na saúde também reduziu a renda de muitos pais e levou alguns ao desemprego. Até o momento a legislação não obriga as escolas a concederem descontos nas mensalidades.
Por outro lado, os motoristas de vans não se enquadram em nenhum plano emergencial anunciado pelo pelo governo .
Tem projetos em discussão no Congresso Nacional e em assembleias estaduais que tentam o abatimento na cobrança por conta da pandemia.
Enquanto nenhum deles é aprovado, especialistas recomendam aos pais ou responsáveis procurar pessoalmente as escolas para negociar o pagamento das parcelas e pedir abatimento do valor de seus serviços que não estão sendo prestados como transporte escolar e aulas de natação e balé.
Essado diz que não quer impor nada. “É preciso bom senso, pois transportamos um bem maior que são as crianças. E não vejo motivo para termos este tipo de impasse. Acredito que logo tudo voltará ao normal. Como vai ficar nossa relação?”
Aline Rocha, que tem uma filha e trabalha na indústria calçadista, explicou que buscará entendimento com a escola e com o dono da Van.
“Não vejo outra saída”, disse. Ela está preocupada pois seu marido trabalha com carteira assinada e vai ter o salário reduzido em 25%, redução permitida pela medida provisória 936 assinada no dia 1º de abril pelo presidente Jair Bolsonaro.
A principal orientação dos especialistas é procurar a escola de forma individual e explicar a situação financeira da família.
Pedidos em grupo tendem a ser frustrados, pois a escola compromete parte maior do orçamento do que quando faz acordo com apenas alguns pais.