Todo mundo de olho: Nathan Mariano surge como grande promessa do Sesi Franca

  • F. A. Barbosa
  • Publicado em 20 de agosto de 2024 às 15:00
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

Jogador tem ganhado mais tempo de quadra e vem correspondendo com atuações consistentes

O pivô do Franca Nathan Mariano começou sua carreira no basquete quando criança, incentivado por sua mãe, a ex-jogadora Alexandra Kácia, que teve passagens por times como Brasília e Franca, e o irmão, Lucas Mariano, de Franca e da Seleção Brasileira.

O primeiro contato do jovem com a quadra de basquete foi em um encontro de ex-jogadoras no Ginásio do Pedrocão, casa do time Francano, e a partir de então foi amor a primeira vista.

Desde sempre, Nathan conviveu com o basquete em seu meio familiar e foi impossível de fugir dessa paixão.

Paixão pelo basquete

Com o contato direto com o esporte através da sua família, Nathan começou a treinar e praticar desde cedo, aos nove anos.

“Sempre gostei de ficar brincando com os meus irmãos na quadra após o treino, mas foi depois que comecei a escolinha que percebi que realmente gostava do basquete. Parei de levar como uma brincadeira e comecei a tratar de forma séria. Iniciei na ASPA e conforme fui evoluindo consegui vaga no time do Sesi”, disse Nathan.

O inicio precoce no esporte é dito pelo próprio como um dos fatores que alavancaram e aperfeiçoaram o seu estilo de jogo.

“É louco pensar nisso, mas na minha equipe eu estava longe de ser um dos mais altos, fui dar uma ‘espichada’ aos 16 anos, então durante todo o meu inicio eu me desenvolvi enquanto um jogador ‘baixo’. Isso me ajudou muito no meu estilo de jogo”.

Gigante em quadra

Nathan conta com 2,06 m de altura e, apesar de possuir altura para dominar o garrafão, mostra também versatilidade fora do perímetro, armando o jogo e controlando muito bem a bola.

Ele inclusive contava com o apoio da família para seguir a sua evolução “Os meus acreditavam que eu seria o mais baixo dentre meus irmãos, então sempre falavam ‘treina handles, você não vai ser pivô, vai chegar no máximo aos 1,90, então vai ter que ser ala’. Hoje eu cresci, sou maior que meu irmão mais velho e consigo jogar muito bem com a bola na mão”, completou.

Unicórnio

É comum no basquetebol o termo ‘unicórnio’, utilizado para definir jogadores com talentos e combinações raros, como por exemplo atletas altos, que contam com habilidade para levar a bola e arremessar. Nathan conta com esse perfil e comentou sobre esse possível apelido.

“Trabalho desde cedo exatamente para atingir esse nível. Sei que não mostrei muitas coisas ainda, mas me inspiro em jogador como o Kevin Durant para melhorar o meu jogo. Quem sabe, algum dia, eu não posso realmente me tornar um ‘unicórnio’.

O Tatum é outro que eu me espelho muito, tento adquirir muitas coisas do jogo dele no meu jogo. Nós temos praticamente a mesma altura e jogamos na mesma posição, impossível não me espelhar”, afirmou.

Além de citar o ala Kevin Durant, tetracampeão olímpico, e Jaysom Tatum, atual campeão da NBA, como suas inspirações, o jovem também fez questão de lembrar de seus companheiros de equipe.

 

“Eu treino com o Lucas Dias, é impossível não me espelhar nele. Tento observar alguns moves no poste baixo para adicionar também no meu jogo. Outro que eu acho absurdo é o David Jackson. O melhor jogador no 1 contra 1 que eu já vi”, afirmou.

Estados Unidos

Em 2022, Nathan passou uma temporada nos Estados Unidos jogando por uma Prep School, uma instituição de ensino focada em desenvolver jogadores de basquete. Esse experiência foi necessária para virar a chave na sua mentalidade em quadra e alavancar o seu potencial.

“Foi duro ficar longe pela primeira vez da minha família, eram viagens de ônibus de 10/12 horas por todo o país, mas foi uma experiência necessária. A diferença atlética do jogo deles para o nosso é muito grande, fui obrigado a me tornar um jogador mais forte, tive que largar o meu estilo de jogo mais ‘soft’ do Brasil”.

O ala ainda comentou sobre a nítida diferença que ele observou em seu jogo ao voltar para o país. “Eu sempre reclamei muito de faltas, parava o jogo muito fácil, mas depois desse tempos nos Estados Unidos eu me tornei um cara muito mais agressivo, aprendi a ‘apanhar’ mais dentro de quadra e aguentar sem reclamar. Isso fez muita diferença quando voltei”, completou.

Sesi Franca

Outro ponto destacado na conversa foi a quantidade elevada de highlights que o time francano consegue na LDB. São 3.0 enterradas por jogo, sendo 0.9 só do Nathan, e 4.4 tocos por partida, a melhor marca da competição.

“Lembro da minha primeira dunk, foi justamente com passe do Zu Jr. Foi em uma partida de base, lá em Santos, em um contra-ataque com o caminho livre, mas me marcou muito. Gosto muito desse tipo de lance pela sensação que é alcançar e puxar o aro, mas principalmente pela energia que uma enterrada traz para a equipe. O time todo melhora”, disse.

Na última edição da LDB, Nathan dividia o protagonismo na pontuação e nos rebotes com outros dois grandes prospectos: Marcio Henrique e Edu Marília. Agora, o ala conta com uma equipe muito talentosa, porém menos experiente, o que o fez assumir um maior protagonismo.

“Eu sabia que nos anos passados eu era apenas mais um coadjuvante, mas agora nessa equipe eu sou o mais velho, ao lado do Zu Jr. Preciso assumir esse papel de liderança, de conseguir falar com meus companheiros, ajudar com posicionamento, jogadas e tudo que se espera de um líder”, afirmou.

Novamente na Série Ouro da competição, Nathan comentou sobre as ambições da equipe para a fase final. “Somos um time mais jovem em comparação com outros do nosso grupo, mas temos muito potencial e almejamos grandes coisas. Vejo a luta diária de todos durante os treinos, então sei que o nosso teto é realmente o título. Queremos chegar na final e conquistar o troféu”, finalizou o Nathan.

 


+ Basquete