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​O Tiro de Guerra de Franca está completando 100 anos de existência. E para celebrar a importância dessa unidade para a cidade, será realizada na próxima terça-feira, 09 de outubro, às 20h, na Câmara Municipal, uma sessão solene alusiva ao centenário do TG.

As comemorações continuam na quarta-feira, 10, com uma cerimônia militar às 9h, no Tiro de Guerra. E, na quinta-feira, 11 de outubro, às 19h, também no Tiro de Guerra, será realizado ato ecumênico em ação de graças, seguido de apresentação da Banda Duque de Caxias. Toda a programação é aberta à participação da comunidade.

A importância do TG

Durante muitos anos, estar no Tiro de Guerra de Franca era sinônimo de status e responsabilidade. Por isso, muitos jovens faziam questão de servir a essa instituição militar do Exército Brasileiro encarregada de formar reservistas. Em Franca, milhares de pessoas já passaram pelo Tiro de Guerra que na cidade, funcionou em diferentes locais.

Criado pela Portaria Ministerial nº 8.747, de 13 de Outubro de 1945, recebendo o nº 18 e dando continuidade aos trabalhos do extinto TG 23, que foi criado em 8 de abril do ano de 1918, o Tiro de Guerra de Franca deu início às suas atividades no dia 15 dezembro de 1945, instalando-se no mesmo local do Edifício da Associação Beneficente do Trabalho, à Rua Campos Salles, 1698. Nessa época, teve como primeiro diretor José Guerriéri de Rezende, então prefeito municipal, e como Chefe da Instrução, o sargento Alcebíades Silveira Castilho.

Com o nº 18 permaneceu até o ano de 1979, quando devido à reformulação do Regulamento para os Tiros de Guerra, e através da portaria nº 879, de 27 de março de 1979, recebeu o nº 02-013. Mas antes disso, as atividades do Tiro de Guerra foram transferidas para a Avenida Distrito Federal, 1010, sede inaugurada em 1º de janeiro de 1963 e onde funciona até hoje. Nesta época, o diretor era Hélio Palermo e os instrutores, os sargentos Vidal Predo e Edgar Pereia.

O histórico do Tiro de Guerra une o presente ao passado, lembrando a linha de tiro que funcionou no município em julho de 1910. Além da formação de reservistas de 2ª categoria, cabos e soldados, o Tiro de Guerra contribui para a formação dos jovens no aprimoramento dos sentimentos patrióticos, democráticos e de cidadania, tendo sido responsável pela formação de milhares de reservistas em Franca.

Começo de tudo

No início das atividades o Tiro de Guerra contava com 110 atiradores, e de lá pra cá, pouca coisa mudou: a instituição conta atualmente com 100 atiradores. E para revitalizar o prédio, interna e externamente, foi realizada há alguns anos, uma ampla reforma para abrigar melhor os atiradores e toda a estrutura administrativa do TG, que há 50 anos ocupam o local. E para coordenar as atividades do local, o TG possui uma diretoria afinada e dedicada.

Além de evitar que o jovem preste seu serviço militar em outro município, abnegando seu lar, emprego e muitas vezes seus estudos, o TG vem desenvolvendo ao longo dos anos, várias atividades como palestras, Campanha do Óleo, Campanha de Doação de Sangue, apoio ao projeto Viva ao Parque, além de ações cívicas e visitas a entidades carentes.

Novos tempos

Mas se antes ninguém era dispensado do serviço militar, hoje observa-se uma nova tendência: o aumento no número de dispensas. Isto é, hoje em dia, serve o Tiro de Guerra apenas o jovem que realmente quer. Isto porque a dispensa ocorre pela limitação de vagas.

São alistados em Franca, anualmente, três mil jovens. E antes da matrícula, eles passam por uma criteriosa seleção, constituída de várias etapas, as quais são realizadas no ano em que antecede a matrícula no TG, momento que são feitos exames psicotécnicos, médicos, físicos e ainda uma entrevista.

A formação para um atirador é um período de instrução que dura de 40 semanas, resumindo à Instrução Básica do Combatente Territorial, iniciando às 6h até às 8h, de segunda a sábado e ainda desenvolvendo diversos trabalhos sociais junto à população.

Atualmente existem no Brasil, mais de 200 Tiros de Guerra, cuja missão é constituir um pólo difusor do civismo, da cidadania e patriotismo, colaborando em atividades complementares e em práticas cívicas, esportivas e sociais, em benefício da população.

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