Tempo nas redes sociais deve ser controlado, aponta estudo americano

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 21 de dezembro de 2019 às 19:17
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:10
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Pesquisadores da Universidade da Pensilvânia, nos USA, observaram o tempo online de 143 estudantes

Todos sabemos que o uso excessivo das redes sociais pode trazer problemas à saúde mental.  

É claro que na maioria das vezes as pessoas só compartilham acontecimentos ‘bons’ na Internet, mas quem nunca comparou a própria vida com a de outros no Instagram, que atire a primeira pedra.

Existem casos comprovados de que esse tipo de atitude, associada ao uso excessivo das redes sociais pode desencadear síndromes de ansiedade e de depressão. 

Então, como utilizar as redes de maneira saudável sem se desconectar totalmente do mundo?

Um estudo publicado pelo Journal of Social and Clinical Psychology, concluiu que utilizar as redes sociais por até 30 minutos por dia pode trazer bons resultados à saúde mental.

Pesquisadores da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, observaram o tempo online de 143 estudantes. 

O uso das redes sociais dos participantes foi monitorado por uma semana e as plataformas consideradas incluíram o Facebook, Instagram e Snapchat. 

Os especialistas avaliaram a saúde mental dos alunos com base em sete fatores: apoio social, medo de perder a vida, solidão, auto-aceitação, auto-estima, ansiedade e depressão. 

Em seguida, separaram os voluntários em grupos e conduziram a experiência por três semanas. 

Um grupo foi instruído a continuar a utilizar as redes como de costume, sem limite de tempo, enquanto o outro só podia gastar 10 minutos por dia em cada plataforma. 

Após o período experimental, os sete fatores citados foram analisados novamente.

Os resultados entre aqueles que tiveram o tempo online limitado foram positivos: houve uma melhoria significativa no bem-estar, que estava ligada à diminuição das sensações de solidão e depressão. 

A ansiedade e o ‘medo de estar por fora dos acontecimentos’ (em inglês, conhecido como FOMO – ‘fear of missing out’) diminuiram nos dois grupos, mas os pesquisadores acreditam que esse fato foi uma consequência do auto monitoramento sugerido indiretamente pelo estudo. 

Por enquanto, a conclusão pode ser aplicada apenas a estudantes jovens.

“É um pouco irônico dizer que reduzir o uso das redes sociais, na verdade, nos faz sentir menos sozinhos”, afirmou a líder do estudo Melissa Hunt, ao site acadêmico Science Daily. 

“Alguns artigos sobre as redes sociais sugerem que há uma maior comparação entre as pessoas na Internet. Quando se olha para os outros, particularmente no Instagram, é fácil concluir que a vida de todos é mais feliz ou melhor do que a sua”. 


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