Tem entrevista de emprego marcada? 6 dicas para chegar superpreparado

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 3 de dezembro de 2019 às 12:10
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:05
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O contratante quer alguém que tenha conhecimento da empresa. Fazer a lição de casa não é favor, é obrigação

Usar uma “roupa adequada”, “falar sobre o seu desenvolvimento profissional com assertividade” e “estudar as perguntas mais difíceis” é pouco, se você realmente deseja impressionar um entrevistador que te oferece uma vaga. 

Mostrar-se verdadeiramente interessado na história da empresa, em seus valores e, acima de tudo, no impacto que uma admissão pode causar em sua vida, na de seus futuros colegas na da companhia, é vital, caso você deseje fincar os pés ali.

Recrutadores de valor, sejam eles de startups ou multinacionais, diferenciam nos primeiros minutos quem está, de fato, interessado em multiplicar daqueles que desejam uma tábua de salvação para pagar os boletos que se acumulam.

Como empreendedor na Tawil Comunicação, em quase dez anos, Marc Tawil entrevistou umas duas centenas de candidatos. 

E, em 95% dos casos, esses profissionais simplesmente não sabiam a metade dos serviços que eram oferecidos pela empresa, a sua história e os setores nos quais atuavam seus clientes.

“Queriam uma vaga na área” – qualquer vaga.  

O que os separou dos 5% que ficaram e/ou deixaram uma ótima impressão atende por “pesquisa”. Sim! Pesquisar a respeito do eventual futuro empregador demonstra respeito e inteligência.

“Respeito” por quem irá dedicar um tempo relevante, sejam 20 minutos ou duas horas, para te receber. E “inteligência” por, no mínimo, se diferenciar da esmagadora maioria que se nivela pela Lei do Mínimo Esforço.

Quando você dedica um tempo a conhecer melhor a companhia pela qual será entrevistado, cria sem perceber uma metodologia própria de exploração que te auxiliará em tudo na vida.

Veja 6 pontos fundamentais a serem explorados por você ao pesquisar sobre a empresa onde deseja trabalhar:

1. O que essa empresa faz?
Pode parecer óbvio, mas compreender o core business da empresa que irá te entrevistar é essencial. Como elas nasceu? 

Quais seus marcos mais significativos? Quantos colaboradores ela tem hoje? Uma sede ou mais? Quais serviços oferece? Quem são seus clientes? E os seus principais concorrentes?

2. Como será o trabalho?
Evidente que nem sempre o candidato tem a exata dimensão do escopo da vaga, por isso, as perguntas sobre a função precisam demonstrar valor: quais competências são necessárias? O que dizem os profissionais que a exercem hoje? 

Como se preparar para exercê-la com excelência? Há livros ou cursos que possam melhorar essa experiência? Como é, para a empresa, o candidato ideal para este papel?

3. Quais são os valores da companhia?
Saber o que faz a empresa que está entrevistando você é o mínimo e como ela o faz, também. A questão é “por que ela faz o que faz?” Qual o seu propósito, a sua missão, a sua intenção? 

Trabalhar em um empreendimento cuja intenção esteja alinhada com os seus valores fala alto tanto para o empregador, como para o empregado. Não existe sensação pior do que ser o profissional certo na empresa errada e vice-versa.

4. Quem são os clientes e concorrentes?
Todo recrutador tem, na ponta da língua, as respostas para as perguntas “Quem usa os produtos e serviços da empresa?”; “Quais os públicos-alvo?”; “Quem são os concorrentes?”; e “Quem são os parceiros de trabalho?” 

Demonstrar, porém, que você estudou confirma que você está preparado. Toda corporação tem um site ou uma rede social onde valoriza sua carteira de clientes, cita seus parceiros e deixa claro quem são seus públicos-alvo.

5. Quem são os líderes?
Conhecer um pouco da liderança mostra-se sempre útil. Isto porque significa que você se aprofundou sobre o direcionamento, a cultura e os valores da empresa. Além disso, a depender do tamanho da empresa, você poderá estar cara a cara com um destes líderes.

6. O que há de novo?
Sim, é fundamental saber o que a empresa faz, como faz, para quem faz e por que o faz. Gerentes de contratação, contudo, gostam quando você tem, na ponta da língua, informações sobre os rumos recentes da companhia. 

O que saiu dela na imprensa nas últimas semanas? Houve fusões, aquisições, parcerias, escândalos, novos produtos, serviços ou prêmios?

Preparação e desempenho em uma entrevista de emprego são coisas diferentes. O segundo, no entanto, não funciona sem o primeiro. Não existe candidato que “vai bem” sem saber o necessário sobre a contratante.

Pesquisar é grátis, não toma tanto tempo e te agrega algo essencial no mundo do trabalho e na vida: autoconfiança.


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