Suspensão da concessão das ferrovias da Vale alerta para risco de investimentos

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  • Publicado em 1 de fevereiro de 2019 às 10:47
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:21
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Benefício oferecido pelo governo para a antecipação da renovação da concessão mostra que não há regras

“A tragédia de Brumadinho trouxe à tona diversos problemas ligados à infraestrutura. Em especial na concessão de ferrovias, ficou nítido com as ações do governo que o Brasil não possui um projeto nacional para o transporte ferroviário. Poderemos perder bilhões em investimento se não definirmos regras claras na concessão das ferrovias à iniciativa privada.”

O alerta é do presidente da FerroFrente (Frente Nacional pela volta das Ferrovias), José Manoel Ferreira Gonçalves. Sua opinião leva em consideração a notícia de que o governo federal, por meio do ministério da Infraestrutura, pretende alterar o edital para as concessões das ferrovias EFVM (Vitória-Minas) e da EFC (Carajás), hoje operadas pela Vale, empresa responsável pela barragem que se rompeu na cidade mineira.

De acordo com especialistas, as mudanças podem representar abrir mão de R$ 51 bilhões de investimento.

“A renovação antecipada das concessões dessas e de outras ferrovias, sem a discussão de valores de outorga justos e de investimentos adequados à necessidade de o país ter de fato ferrovias que contribuam para minimizar nossa dependência econômica das rodovias, é nociva para o Brasil, e só atenderá a interesses de um monopólio representado pelas atuais concessionárias”, conclui José Manoel, da FerroFrente.


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