Surtos de síndrome ‘mão-pé-boca’ suspendem atividades em 10 escolas de Franca

  • Teo Barbosa
  • Publicado em 30 de setembro de 2022 às 12:30
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Entre as unidades que tiveram funcionamento afetado, apenas uma já retomou as aulas. Prefeitura diz que reforçou a higienização

A Creche Escola Raimundo Cordeiro, no Residencial Paraíso, em Franca, SP (Foto: Redes Sociais/Prefeitura de Franca), via G1

A Secretaria Municipal de Educação de Franca informou nesta sexta-feira (30) que dez escolas ou creches da cidade tiveram as atividades suspensas por causa de surtos da síndrome “mão-pé-boca” (SMPB).

Na última segunda (26), a secretaria já havia confirmado o problema na Creche Escola Raimundo Cordeiro, no Residencial Paraíso.

Já nesta sexta, no entanto, disse que outras nove unidades enfrentam casos da doença e tiveram o funcionamento, parcial ou total, suspenso.

Entre elas, apenas o Núcleo de Educação Infantil (NEI) Tomas e Aparecida Novelino, que fica no Distrito Industrial, já retomou o atendimento, segundo notícia do portal G1 Ribeirão e Franca. 

Veja a situação das demais

Escolas com atendimento suspenso em Franca

A doença, que é contagiosa, provoca infecção no sistema digestivo e também pode causar estomatites, uma espécie de afta na mucosa da boca. As lesões são mais comuns em mãos, pés e boca e atinge com mais frequência os menores de 5 anos.

“A principal orientação para os pais e responsáveis é que, diante do surgimento de sintomas, a criança receba atendimento médico e fique de repouso, em casa, evitando a transmissão da doença para outras pessoas”, disse a Secretaria de Educação.

Para evitar uma propagação ainda maior da doença, todos os espaços, produtos e equipamentos utilizados nas creches estão sendo higienizados, informou a Prefeitura.

Síndrome ‘mão-pé-boca’

Transmissão

O vírus da síndrome pode ser transmitido por contato com secreções das vias respiratórias ao tossir, espirrar e falar; secreções das feridas das mãos ou dos pés; e pelo contato com fezes dos pacientes infectados.

Sintomas

Os sintomas costumam ter duração de sete a dez dias. Os principais são:

Febre alta nos dias que antecedem o surgimento das lesões;

Aparecimento, na boca, amígdalas e faringe, de manchas vermelhas com vesículas no centro que podem evoluir para ulcerações muito dolorosas;

Erupção de pequenas bolhas que, em geral, surgem nas palmas das mãos e plantas dos pés, mas podem ocorrer também nas nádegas e na região genital;

Mal-estar, falta de apetite, vômitos e diarreia;

Por causa das lesões na boca e dor de garganta, podem surgir dificuldades para engolir e muita salivação.

Prevenção e tratamento

Não há vacina para proteger contra o vírus que causa a síndrome “mão-pé-boca”. Por isso, é recomendado adotar medidas adequadas de higiene pessoal e do ambiente, além do isolamento social dos doentes.

As lesões orais podem dificultar a deglutição. Por isso, é preciso cuidar da hidratação das crianças.

Para prevenir o adoecimento e interromper as cadeias de transmissão em ambientes escolares, as medidas abaixo devem ser adotadas:

Lavar as mãos frequentemente com água e sabão, especialmente depois de trocar fraldas e usar o banheiro;

Promover a limpeza e desinfecção (com álcool a 70º ou mistura de água e água sanitária) de superfícies frequentemente tocadas e itens sujos, incluindo brinquedos;

Evitar contato próximo, como beijar, abraçar ou compartilhar utensílios, copos e alimentos.


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