Supermercados alertam: tabela do frete vai deixar produtos mais caros

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 9 de junho de 2018 às 05:02
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:47
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Nota da APAS foi divulgada após governo ceder a caminhoneiros e recuar em mudanças

Em nota, divulgada nesta sexta-feira (8), após o governo recuar nas mudanças na tabela do frete para não desagradar os caminhoneiros, a (Associação Paulista de Supermercados) diz que a política de preços mínimos vai impactar “fortemente” os preços dos produtos nos supermercados.

“Os preços nos supermercados serão fortemente impactados, reduzindo o poder de compra da população, em consequência do estabelecimento de tabela com preços mínimos para o transporte de cargas pelo governo”, diz, em nota.

A entidade lembra que, além do tabelamento, a alta recente do dólar, também fará estragos no poder de compra da população.

“Os setores produtivo e industrial já sinalizaram que a variação para maior na logística de entrega encarecerá as mercadorias em percentuais que podem chegar a até dois dígitos de aumento. Aliado a isto, com a alta do dólar, não só a produção nacional, mas também produtos importados ou que levem matéria-prima importada no processo de fabricação sofrerão impactos nos preços”. 

Segundo a assessoria do órgão, o percentual da alta nas gondôlas vai depender do reajuste do setor produtivo e da estratégia de negócio de cada supermercado.

A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) já pediu ao governo Temer para acabar com a tabela, que vai encarecer o transportes de grãos, usado, por exemplo, para alimentar frangos e porcos, de 51% a 152%.

A Fiesp (Federação das Indústria de São Paulo) estima que a nova tabela, que chegou na quinta-feira (7) a ser reformulada, após pressão do empresariado, vai deixar os produtos para o consumidor final 150% mais caros.


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