‘Superlua azul’ poderá ser vista nesta quarta-feira, 30, no Brasil

  • Rosana Ribeiro
  • Publicado em 30 de agosto de 2023 às 12:00
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Segundo a NASA, a definição mais antiga de Lua Azul remonta aos anos 1500, e recebia esse nome a terceira Lua cheia em uma estação que tem quatro Luas

A segunda e última superlua azul do ano poderá ser vista em quase todo o país – foto Freepik

 

Na noite desta quarta-feira (30), uma Superlua Azul poderá ser vista em grande parte do país. Apesar da referência à cor, o satélite natural não terá alteração em sua tonalidade. Esse termo é usado quando a Lua fica cheia pela segunda vez no mês.

Segundo a NASA, a definição mais antiga de Lua Azul remonta aos anos 1500, e recebia esse nome a terceira Lua cheia em uma estação que tem quatro Luas. Esta é a segunda e última superlua do ano.

De acordo com o Observatório Nacional, o horário exato em que a Lua vai atingir seu brilho máximo vai diferir de acordo com o fuso horário: ele será às 22h35 no horário de Brasília.

O termo superlua não é uma definição astronômica oficial, mas é usado para se referir ao perigeu, período em astro quando está mais próximo da Terra e, portanto, parece maior e mais brilhante.

O perigeu ocorre quando a distância entre nosso satélite natural e a Terra é menor do que 360.000 km. Quando isso ocorre, a Lua fica 14% maior e 30% mais brilhante do que no apogeu (microlua) – quando está mais distante.

Segundo Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional, uma boa hora para observar a superlua é quando ela estiver mais próxima do horizonte, logo após o pôr do sol ou no dia seguinte antes do nascer do Sol.

Nessa posição a lua parecerá ainda maior e poderá apresentar belas variações de tonalidade, devido às partículas suspensas na atmosfera.

“O evento de uma superlua atrai ainda mais os olhares para o céu nos ajudando a divulgar e popularizar a ciência. E, além disso, é um evento que pode ser visto por muitas horas (durante toda a noite), de qualquer lugar do mundo e por qualquer pessoa porque é visível a olho nu, ou seja, sem o uso de qualquer instrumento”, afirma Josina.

Condições para observação

Para observar o fenômeno, não é preciso nenhum equipamento especial: só olhar para o céu quando a Lua surgir no horizonte, às 18h45 em São Paulo.

Dependendo da sua localização e das condições climáticas, poderá ser mais ou menos fácil localizar o astro e perceber a diferença em sua aparência. Veja abaixo as condições de observação, de acordo com a plataforma Meteum:

Favorável (céu limpo): Porto Alegre.
Ligeiramente desfavorável (parcialmente nublado): Campinas, Salvador, Recife, Fortaleza, São Luís. Belém, Manaus.
Desfavorável (nublado e/ou chuvoso): Curitiba, São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Brasília, Campo Grande, Goiânia.

Próximos eventos astronômicos

No segundo semestre deste ano ocorrerão dois eclipses e seis chuvas de meteoros. Veja abaixo as datas de cada um dos fenômenos.

Superluas e eclipses

14 de outubro – Eclipse solar anular (visível em boa parte do país);
28-29 de outubro – Eclipse lunar parcial (visível em uma pequena parte do país).

Chuvas de meteoros

Draconids: ativa de 6 a 10 de outubro (pico: de 8 a 9 de outubro). Pico de meteoros por hora: 10.
Orionids: ativa de 2 de outubro a 7 de novembro (pico: de 21 a 22 de outubro). Pico de meteoros por hora: 25.
Taurids: ativa de 10 de setembro a 20 de novembro no Hemisfério Sul (pico: de 10 a 11 de outubro no Hemisfério Sul). Pico de meteoros por hora: 5.
Leônidas: ativa de 6 de novembro a 30 de novembro (pico: de 17 a 18 de novembro). Pico de meteoros por hora: 10.
Geminidas: ativa de 4 a 20 de dezembro (pico: de 14 a 15 de dezembro). Pico de meteoros por hora: 150.
Ursids: ativa de 17 a 26 de dezembro (pico: de 22 a 23 de dezembro). Pico de meteoros por hora: 10.

*Informações G1

 


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