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A pesquisa de Impacto revela que 58% das empreendedoras ainda possuem muita dificuldade para manter o negócio
A pesquisa de Impacto revela que 58% das empreendedoras ainda possuem muita dificuldade para manter o negócio
As mulheres são responsáveis por boa parte do empreendedorismo no Brasil, mas viver de um negócio é bem mais difícil para elas.
A informação vem da 11ª edição da pesquisa de Impacto da Pandemia do Coronavírus nas Micro e Pequenas Empresas, realizada pelo Sebrae em parceria com a FGV.
Os dados apontam que apenas 28% das donas de pequenos negócios conseguiram nos últimos 12 meses pagar os gastos do dia a dia com recursos provenientes da própria empresa e 80% apresentaram queda de faturamento, no último ano.
Entre os homens, esses percentuais ficam em 37% e 78%, respectivamente.
Chama a atenção, ainda, o fato de que as empresas comandadas por homens são o principal rendimento da família em 81% dos casos, enquanto entre as mulheres, essa proporção cai para 68%.
Essa diferença entre os gêneros pode ser explicada pelo fato de grande parte das empreendedoras terem que dividir o seu tempo entre trabalho, família e casa, o que faz com que sobre menos tempo para a gestão do negócio.
Além disso, houve um crescimento muito grande de mulheres no empreendedorismo por necessidade, ou seja, elas não tiveram muito tempo para se capacitar e planejar.
Os percalços encontrados pelas mulheres acabam fazendo com que elas fiquem mais aflitas do que os homens.
A pesquisa de Impacto revela que 58% das empreendedoras ainda possuem muita dificuldade para manter o negócio, três pontos percentuais a mais do que eles.
Apesar disso, elas ainda conseguem ser mais otimistas. Enquanto os empreendedores esperam uma melhora só daqui a 18 meses, as empreendedoras acreditam que a situação irá voltar à normalidade em 17 meses.
Mesmo com todas as dificuldades, elas não deixam de inovar e de aderir ao comércio eletrônico.
As empreendedoras são mais digitalizadas e grande parte delas registra mais da metade do seu faturamento oriundo das plataformas on-line. 72% das mulheres comercializam produtos de forma virtual e essas vendas são responsáveis por mais da metade do faturamento, em 30% dos casos.
Já no universo masculino, 64% realizam comércio eletrônico e para apenas 25% dos entrevistados mais da metade do faturamento vem da internet.