Simplificação dos impostos motiva empresários a apoiar Reforma Tributária

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  • Publicado em 24 de setembro de 2019 às 11:57
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:51
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Do ponto de vista contábil, o saldo positivo da Reforma passa pela redução do IR Pessoa Jurídica

A necessidade
de simplificação dos impostos, além de uma gradativa redução da carga
tributária é essencial para o país. Essa é a opinião de boa parte do
empresariado brasileiro sobre a Reforma Tributária (PEC 45). A redução de uma
alíquota do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), por exemplo, para
patamares entre 20% e 25%, anima o empresariado. “Hoje essa tributação
chega a 34%”, argumenta o consultor contábil e diretor da Planned Soluções
Empresariais Adelmo Nunes.

Segundo o
consultor, a proposta de unificação dos tributos com o novo IBS (Imposto sobre
Bens e Serviços) é outro aspecto bem visto pelos empresários por conta da
desburocratização do sistema de recolhimento de impostos, taxas e tributos
sugerida pela PEC 45. O novo imposto substituirá PIS, Cofins, IPI, uma parte do
IOF e possivelmente o CSLL, além de ICMS (estados) e ISS (municípios).

“A
modernização do sistema tributário brasileiro traz mais estabilidade para as
empresas porque promove segurança jurídica. E, com isso, pode reaproximar
antigos investidores, além de atrair novos interessados”, diz o consultor.
“E esses investidores estrangeiros são necessários para impulsionar o
crescimento econômico, aumentando as importações e as exportações.”

Não à
CPMF

Mas, a
criação de novos impostos não é vista com bons olhos pelo empresariado.
“De maneira geral, os empresários confiam que o Governo e o Congresso
estarão atentos para não fazer com que os pontos positivos da Reforma sejam
ofuscados pela volta de encargos sobre movimentações financeiras, nos moldes da
antiga CPMF”, argumenta Adelmo. “Além disso, a Reforma Tributária
precisa caber no bolso do empresário para que mereça o título de reforma. Um país que tem
como objetivo ser competitivo no mercado internacional não pode ter uma carga
tributária elevada porque tira a competitividade da produção nacional.”


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