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Seu peixe já nadou contra o vidro do aquário? Saiba que esse comportamento pode acontecer por diversos motivos
Um dos motivos pelo qual o peixe nada contra o vidro no aquário é o próprio reflexo – foto Petz
Seu peixe já nadou contra o vidro do aquário? Saiba que esse comportamento pode acontecer por diversos motivos. Um deles é que o animal pode estar seguindo seu próprio reflexo.
“Ver a própria imagem pode confundi-los e estimular a ação de nadar constantemente contra o vidro, em busca do ‘outro peixe’”, diz Fernanda Américo, bióloga e mestranda em zoologia pela UNESP/Botucatu.
Isso também pode ocorrer durante a adaptação do bicho ao novo ambiente. Esse período de habituação tende a ser estressante, segundo o biólogo Felipe Eduardo Mari.
“A circulação forte da água e a falta de espaço também podem gerar esse comportamento”, completa.
Além disso, os peixes sentem tédio, assim como os humanos, e, dessa forma, a falta de estímulos, como pedrinhas, obstáculos e ornamentos, podem fazer com que eles nadem contra o vidro, revela Fernanda. O enriquecimento ambiental é fundamental para melhorar esse comportamento.
“Mas esse tipo de atitude nem sempre é indicativo de algo ruim, tudo depende da condição ambiental que esse animal vive”, afirma Luiz Guaraná, médico-veterinário especialista em exóticos.
Na hora das refeições, por exemplo, o peixe pode reconhecer o alimento que está do lado de fora e começar a nadar contra o vidro, como um instinto de ir atrás da comida.
Caso o aquário tenha mais de um peixe e todos começam a ir contra o vidro, Fernanda explica que isso pode ser um sinal de excesso de oxigenação da água, o que provoca uma agitação nos peixes. Diminuir o nível de oxigênio pode ajudar.
“Lembrando sempre que cada espécie tem uma necessidade específica nos níveis de oxigenação, pH, iluminação, temperatura, entre outros fatores”, alerta.
Agora, se o animal começar a bater a cauda nos objetos do recinto, é um sinal de alerta.
Ao colidir com o termômetro do aquário, por exemplo, é possível que exista um desequilíbrio na temperatura da água, que deve ficar estável em aproximadamente 27°C para que a regulação interna do corpo dos pets seja mantida, segundo Fernanda.
A especialista afirma ainda que, quando os peixes se esfregam muito nas plantas e pedras, é possível que eles estejam com parasitas. As coceiras são sinais clássicos de irritação.
“Toda espécie tem um comportamento e padrões típicos. É importante conhecer as particularidades de cada uma no seu modo de nadar, agir, se alimentar, se esconder e de conviver com outros peixes, para deixá-los o mais confortável possível”, finaliza Fernanda.
*Informações Casa e Jardim