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Com natureza curiosa e aventureira, os gatos adoram dar seus pulos em locais altos, principalmente mesas de trabalho ou refeições
Gatos adoram dar seus pulos em locais mais altos da casa – foto Freepik
Com natureza curiosa e aventureira, os gatos adoram dar seus pulos em locais altos. Um móvel que pode ser atrativo para esse comportamento é a mesa, seja ela da cozinha ou do escritório.
Aliás, é comum ver vídeos de gateiros compartilhando momentos em que os pets sobem nos teclados de computadores e notebooks, durante os estudos ou trabalho.
Em alguns casos, esse comportamento pode preocupar os tutores, mas é importante ter em mente que não se deve reprimir o animal por conta da atitude. O uso de ferramentas aversivas pode, na verdade, afetar o bem-estar físico e mental do pet.
“A punição, além de só mostrar ao gato o que você não quer que ele faça, não ensina absolutamente nada, e pode criar problemas maiores”, destaca o adestrador Anderson Gonsales.
Nesses casos, ele explica que o bicho pode sofrer com ansiedade, medo e ter, até mesmo, comportamentos agressivos em relação ao tutor ou a outros animais.
Mas o que fazer para o felino não subir na mesa? Apesar de ser mais comum para cachorros, o adestramento também pode ser feito com gatos, e essa é a forma mais saudável de ensiná-los algo.
Ensinando o gato a não subir na mesa
Identifique o motivo do comportamento
Para redirecionar o hábito do gato para outro lugar, é preciso, primeiro, entender o que está o estimulando a subir na mesa.
“Seria para ganhar a atenção do tutor? Para procurar alguma comidinha esquecida? Ou, talvez, por a mesa ser o único ponto para uma janela com vista privilegiada para a parte externa da casa?”, exemplifica Anderson.
Promova locais altos na casa
Após a identificação do motivo, a próxima etapa é criar um espaço adequado para o animal, assim, aos poucos, ele deixará de subir na mesa.
“Pense na verticalização dos espaços, promovendo diversas opções de locais em que o gato possa curtir uma altura”, orienta o médico-veterinário comportamentalista Daniel Svevo.
Ele sugere a instalação de prateleiras em regiões estratégicas, além de deixar espaços nas estantes para o pet escalar e descansar.
Reforce o gato a ficar no local ideal
Agora, é preciso fazer com que o animal se acostume com as novas superfícies. Para isso, coloque nesses espaços potes com o alimento preferido do bichano e arranhadores. Vale também brincar com o pet quando ele estiver nesses locais.
Segundo Daniel, esses passos são fundamentais para suprir as necessidades dos felinos.
“Se necessário, o tutor pode contratar um adestrador para planejar os caminhos e treinar o gato, se ele não estiver os usando naturalmente.”
O que atrai os gatos a subirem em mesas?
É importante lembrar que essa é uma característica natural dos bichanos. Quando estão em superfícies altas, eles se sentem seguros e têm uma sensação de controle.
Na cozinha, por exemplo, podem se sentir atraídos a subir na mesa devido aos alimentos.
Algo apontado por Daniel, é que, se o animal receber carinho quando sobe na mesa, ele repetirá esse comportamento não só pela comida, mas também pela atenção.
Conforme especialistas, o perigo nas mesas de cozinhas é a presença de materiais que podem machucar os gatos, como facas, garfos e copos de vidro — caso eles quebrem.
Outro ponto são os alimentos que não fazem parte da dieta dos bichos e eles acabarem ingerindo, o que pode causar intoxicações.
As mesas de escritórios não apresentam muitos perigos, a menos que tenham materiais cortantes.
O que pode causar um incômodo, como lembra Anderson, é a aparição constante do animal em reuniões online ou a perda de um trabalho quando ele deita no teclado, por exemplo.
Nesse caso, o adestrador destaca que “se não é um problema para a família, então está tudo certo”.
Benefícios do adestramento em gatos
Ao trabalhar com reforço positivo, os instintos do animal serão reprimidos. O que acontece é apenas a apresentação de opções mais adequadas para esses comportamentos.
“Sempre que for treinar algo específico, com qualquer gatinho, faça sempre com reforço positivo, valorizando os acertos e ignorando os erros. Isso faz com que ele se torne mais confiante, interessado e muito mais feliz”, finaliza Anderson.
*Informações Vida de Bicho