Seu filho sente medo exagerado e inexplicável? Saiba quando o problema é patológico!

  • Rosana Ribeiro
  • Publicado em 7 de novembro de 2021 às 16:00
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É natural que crianças tenham medo do desconhecido, mas é preciso estar atento para quando esse sentimento se torna exagerado

Sentimentos de medo e irritação são normais, mas é preciso ficar de olho quando se tornam exagerados

 

Devido às situações impostas pela pandemia, como a ruptura da rotinas, a educação à distância e as preocupações familiares a respeito de renda e a saúde, muitas crianças e adolescentes estão apresentando sentimentos de medo e irritação exacerbados.

Segundo dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), pelo menos uma em cada sete crianças no mundo foi diretamente afetada por lockdowns, enquanto mais de 1,6 bilhão sofreram alguma perda relacionada à educação.

“A grande armadilha que se apresenta em relação ao sofrimento dos jovens é entender o que se passa dentro deles, principalmente com crianças que, muitas vezes, não conseguem verbalizar o que sentem”, explica a psiquiatra Danielle Admoni.

De acordo com ela, é natural que as crianças se assustem com coisas que nunca tiveram contato ou que ainda não compreendem e, até certo ponto, esse medo é útil para protegê-las de perigos.

Com o tempo e o desenvolvimento, a criança vai aprendendo a discernir medos de ameaças reais daqueles que são apenas imaginários.

No entanto, em alguns casos, o medo infantil pode se tornar excessivo e até patológico. A psiquiatra afirma que a distinção entre o sentimento normal e o patológico é muito importante para evitar interferências no desenvolvimento da criança e repercussões em sua vida adulta.

A principal forma de distinguir um medo extremo ou fantasioso é pela observação do comportamento da criança. Mudanças bruscas indicam que ela precisa de ajuda.

O medo patológico deve ser considerado quando há os seguintes fatores:

– Medo intenso e desproporcional ao risco real;
– Medo que não corresponde à idade da criança;
– Medo de coisas que fogem do comum e que não há histórico para justificar;
– Medo invasivo, que interfere na alimentação, no sono, nas atividades diárias ou no desenvolvimento psicológico e funcional;
– Medo que não cede a manobras de distração ou tranquilização;
– Preocupação e ansiedade persistentes;
– Medo associado a tremores, batimentos cardíacos acelerados, respiração ofegante, tonturas, irritabilidade, choro inconsolável.

Ao identificar essas sentimentos, os pais ou responsáveis devem buscar a ajuda de um especialista para aconselhamento.

*Informações Metrópoles


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