Seu filho faz isso? Veja 3 sinais de autismo que merecem atenção

  • Nina Ribeiro
  • Publicado em 6 de abril de 2025 às 12:00
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O autismo é considerado um transtorno do neurodesenvolvimento com diferentes níveis de comprometimentos. No entanto, certos sinais costumam aparecer com mais frequência

Embora pessoas autistas possam apresentar sintomas diferentes, existem alguns comportamentos frequentes – foto Arquivo

 

Andar, falar, interagir com as pessoas ao seu redor. Os pais estão atentos a cada conquista dos pequenos ao longo do seu desenvolvimento.

Quando há um atraso ou mesmo dificuldade de realizar tarefas, uma luz amarela se acende e, muitas vezes, é inevitável não pensar — será que meu filho é autista?

Responder a essa pergunta não é tão simples. Afinal, o autismo é considerado um espectro com diferentes níveis de comprometimentos.

Embora pessoas autistas possam apresentar sintomas diferentes, existem alguns comportamentos frequentes.

1. Menos interação social

Crianças com transtorno do espectro autista (TEA) tendem a ter mais dificuldades de se relacionar com outras crianças e adultos, seja na escola ou mesmo em casa.

“Uma das teorias que explica esse comportamento afirma que o autista tem dificuldade de entender o outro e de se colocar no lugar de alguém”.

“Não compreende sentimentos e vontades, por isso se isola”, afirma Daniel Sousa Filho, psiquiatra da infância e da adolescência.

2. Dificuldade de comunicação

O atraso na fala costuma ser o primeiro sinal de alerta para uma investigação sobre o autismo. Conforme a neuropediatra Ellen Manfredin, cerca de 60% das crianças diagnosticadas com TEA irão apresentar, em algum momento, um transtorno de fala.

“Nenhum indivíduo com autismo é igual ao outro. Vamos ver crianças que não falam nada, algumas que falam só algumas frases e outras que só emitem sons. Mas existe uma falsa ideia de que pessoas com TEA não falam”.

“Mas a realidade não é essa, pelo contrário, existem crianças autistas que falam muito bem. Mas precisamos ver se essa fala é contextualizada e funcional. Falar bem é diferente de se comunicar bem”, explica a especialista.

Sempre é bom lembrar ainda que o processo de comunicação é muito complexo. Ao conversar com alguém, as pessoas não só usam palavras, mas também se comunicam por meio dos gestos e olhares trocados.

Para os pequenos com TEA, isso não é tão simples. Muitas vezes, eles falam perfeitamente, no entanto, não compreendem a linguagem em sua totalidade e ficam confusos com o emprego de metáforas e ironias.

Abaixo, confira os transtornos da fala mais comuns entre crianças com TEA:

Ecolalia: nesse caso, a criança repete mecanicamente barulhos, palavras ou frases que ouve, em geral, seguindo um mesmo padrão de entonação de voz;

Dislalia: dificuldade em articular corretamente as palavras, devido à troca de alguns fonemas, a criança fala erroneamente as palavras, troca ou omite letras;

Apraxia da fala: o cérebro não transmite o comando para movimentos que envolvam o uso correto do uso da língua, lábios, boca e mandíbula.

O pequeno costuma apresentar pausas longas entre os sons, tem dificuldade de falar palavras mais longas e fala expressões diferentes da mesma forma;

Afasia: consequência de uma lesão cerebral e a criança perde total ou parcialmente sua capacidade de expressão;

Jargão: a criança emite palavras soltas, que nem sempre são totalmente compreensíveis.

3. Ações repetitivas

A realização de atividades repetitivas também é um sinal que merece atenção. Crianças autistas possuem dificuldade com mudanças de rotina.

Caso algo saia do planejado, é possível que o pequeno se sinta mais agitado e até pode ter episódios de raiva gritando com os pais.

Pense que os autistas veem a rotina como um “mapa” para reconhecer o mundo. Se um traço desse caminha muda, a criança irá reagir.

*Fonte: Crescer


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