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Fechamento do comércio devido à quarentena, queda nas vendas e redução do consumo são as causas
O setor calçadista de Franca deve demitir 5 mil funcionários até o fim do mês de maio, conforme indicou uma pesquisa feita pelo Sindicato das Indústrias de Calçados da cidade (Sindifranca).
Com comércios fechados por causa das medidas de restrição adotadas devido à pandemia do novo coronavírus e o comportamento dos brasileiros de evitar comprar calçados pela internet, reduziram o consumo do produto.
De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), a projeção atual é de queda de 26% este ano em relação a 2019.
Segundo a associação, 51% das fábricas de sapatos do país estão paradas, 84% já tiveram pedidos cancelados e uma em cada quatro não sabe quando vai retomar a produção.
“A diminuição do consumo de calçados será de 22,5% em todo o mundo. Franca também exporta muitos calçados e isso está impactando basicamente nas indústrias locais e vai refletir nas nossas exportações e na própria produção do mercado nacional”.
“A Associação dos Varejistas tem um estudo que mostra que o comércio estará normal em outubro. São cinco meses trabalhando a 30, 40, 50% da capacidade instalada”, explicou o presidente executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira.
De acordo com o economista Adnan Jebailey, a queda no consumo de calçados e, consequentemente, a redução da produção do setor calçadista impacta diretamente na renda do município.
“Um quinto de toda a população empregada trabalha na indústria calçadista. Além disso, Franca tem um agravante, porque a gente tem uma distribuição de renca muito ruim. Para ter uma ideia, 78% da população de Franca não ganha nada ou ganha até dois salários mínimos”, explicou.
Ainda segundo o presidente executivo da Abicalçados, a perspectiva de retomada do setor calçadista não deve acontecer tão cedo.
Em São Paulo, 8 mil pessoas já perderam os empregos na indústria calçadista e, em todo o país, as demissões deve chegar a 24 mil.