Sesi Franca conquista o título paulista também fora das quatro linhas

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 12 de outubro de 2018 às 08:40
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:05
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Diante da incômoda “seca” de 11 anos sem títulos, a equipe francana sofria uma imensa pressão

“A bola não entra por acaso”. Esse é o título de um famoso livro escrito pelo dirigente espanhol Ferran Soriano, que destaca o sucesso das gestões do FC Barcelona como motivo principal para as conquistas do futebol do clube.

É fato que em toda e qualquer área, seja ela esportiva ou não, os resultados estão totalmente ligados às gestões. E na última quarta-feira, o basquete brasileiro presenciou um desses casos em que a organização e o profissionalismo fora das quadras fizeram a diferença.

O Sesi Franca Basquete, um dos clubes mais tradicionais da história do esporte da bola laranja no Brasil, levantou o troféu de campeão do Campeonato Paulista 2018 e encerrou um jejum de 11 anos sem conquistar um título. Mas se engana quem pensa que colocar a bola dentro da cesta foi o suficiente para tal alcançar feito.

Pressão 

Diante da incômoda “seca” de 11 anos sem títulos, a equipe francana sofria uma imensa pressão por parte de sua torcida, que sempre foi acostumada com inúmeras conquistas. Foi aí que, após correr riscos de encerrar as atividades e grandes dívidas financeiras, algumas mudanças na gestão “viraram o jogo” para o time da Capital do Basquete.

“Desde o momento que assumimos essa gestão, há três anos, nosso objetivo principal foi profissionalizar. Queríamos ter o controle total do clube, organizar as áreas de fora da quadra e aí sim colher os resultados dentro dela. Depois de muito sacrifício fomos coroados com um título. Sabemos que ainda temos muito a melhorar, mas estamos no caminho certo”, declarou o presidente do Franca Basquete, Luis Prior.

Mas o que foi essa tal mudança que o presidente Luis Prior citou? Carlos Donzelli, diretor do Magazine Luiza, patrocinador máster do basquete francano, explicou o processo, que começou a partir de mudanças no estatuto do clube e foi até a montagem do elenco.

“Começamos o processo de estruturação através da mudança no estatuto do clube, há três anos. Redesenhamos toda a governança e trouxemos pessoas gabaritadas.  Temos até membro da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) no Conselho  Depois partimos para a gestão esportiva, tratar o clube não só como uma paixão, mas como um negócio, trazendo conceitos de gestão de produtividade, tesouraria e processos”, disse Carlos Donzelli, diretor do Magazine Luiza.

“Todos nós temos uma paixão grande pelo clube, mas acima de tudo temos que tratar o time de uma forma racional, respeitando a história que Franca tem e cientes que temos um legado a deixar. O maior legado que podemos deixar é dar ao clube uma gestão profissional, que respeita valores e foca sempre nos melhores resultados”, concluiu o dirigente do Magazine Luiza.


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