Serviços públicos digitais têm deixado a maioria das pessoas insatisfeitas

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  • Publicado em 28 de junho de 2020 às 20:25
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:54
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Pesquisa aponta que serviços públicos digitais, como emissão de documentos, precisam melhorar

Diversos serviços públicos que eram oferecidos para população presencialmente, precisaram se adaptar com as medidas de contenção para disseminação da Covid-19.

Para facilitar os processos durante a pandemia, as pessoas já podem registrar casamentos, fazer escritura de imóveis e tirar segunda via de documentos pela internet, entre eles, certidões de nascimento, de óbito, negativa de bens e de casamento.

Outro esforço para facilitar ainda mais a vida nesses tempos de pandemia são as versões digitais do CRLV, Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo, e do CDT, Carteira Digital de Trânsito, entre outros.

Dados de uma pesquisa feita pela Softplan, companhia especializada em soluções de digitalização, apontam que 6 em cada 10 brasileiros que usufruíram desses serviços digitais públicos não ficaram satisfeitos com a experiência.

O levantamento foi feito em maio deste ano, de forma remota nas cinco regiões do país, ouvindo cerca de 200 pessoas.

A região com maior insatisfação é a Norte, com 80% dos entrevistados respondendo positivamente ao modelo de serviço. 

Na análise da equipe de pesquisadores da Softplan, esse alto percentual de desagrado pode ter relação com o baixo desenvolvimento da tecnologia nessa região.

Segundo a mais recente Pesquisa Tecnologia da Informação e Comunicação do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), referente a 2018, pouco mais da metade dos lares na região Norte (53,4%) conta com banda larga fixa, enquanto nas demais regiões essa proporção variou entre 74,7% e 78,5%.

As regiões Sul e Sudeste são as que têm uma parcela maior de pessoas satisfeitas com os serviços, somando 31% e 32% do entrevistados, respectivamente.

Serviços para melhorar

Ao questionar os entrevistados sobre quais áreas deveria haver melhora da oferta de serviços públicos digitais, 44% das respostas apontam que as pessoas gostariam de fossem priorizadas as digitalizações do agendamento de consultas médicas. A emissão de documentos vem logo em seguida, com 30% das respostas.

Para a maior parte dos respondentes também deveria ser priorizada a transformação digital dos serviços que oferecem benefícios diretos à população, como evitar que tenham de se deslocar para solicitar atendimento e obterem mais agilidade no acesso a serviços.

Já questões como maior transparência do órgão e economia de recursos públicos proporcionada pelos serviços digitais ficaram nas últimas posições no ranking de prioridades dos entrevistados.

*Jornal Contábil

Fonte: Valor Investe


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