Sem exageros: veja como calcular a quantidade de comida para a ceia de Ano Novo

  • Rosana Ribeiro
  • Publicado em 29 de dezembro de 2023 às 12:30
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Para evitar excessos e desperdícios na hora de preparar a ceia de réveillon, é fundamental ter planejamento na hora das compras

Para evitar excessos e desperdícios, é essencial ter planejamento na hora das compras – foto Freepik

 

“Quantas pessoas?”, “Há mais crianças ou adultos?”, “Entre os convidados, há mais mulheres ou homens?”.

Esses questionamentos são essenciais na hora de planejar uma ceia de fim de ano sem desperdícios, conforme destaca a nutricionista e coordenadora de pós-graduação em confeitaria Carmen Sanson Abourihan.

Apesar de ser comum, Carmen afirma que é possível celebrar a data sem ter que lidar com as “sobras” durante dias.

Proporções indicadas pela nutricionista

Aves: ao comprar pronta, deve estimar 250 g por pessoa; comprando a carne crua, 300 g por pessoa;

Carne suína: caso compre pronta e com osso, 250 g por pessoa; sem osso, em torno de 180 g. Ao comprar a carne crua, deve estimar 30% a mais devido as perdas na hora do preparo;

Arroz: entre 30 g a 40 g, ou seja, em torno de 1/4 xícara. Quando cozido, deve render 100 g por pessoa;

Lentilha: recomenda-se 40 g de lentilha crua por pessoa;

Macarrão: cru, entre 40 g a 50 g;

Maionese: pronta, deve render 50 g por pessoa. Para o preparo deve se distribuir o peso final pela quantidade de alimentos, ou seja: 30 g de batata; 10 g de molho e 10 g de outros ingredientes.

Farofa: pronta deve render 30 g, o que equivale em torno de duas colheres.

Sobremesas: 100 g, equivalente a 1/2 xícara.

Saladas: 30 g por pessoa.

Diante dessas estimativas, é interessante que cada um vá preparado ao supermercado e compre a quantidade calculada de cada ingrediente.

A nutricionista lembra que existem variáveis que impactam o consumo e, consequentemente, as proporções, como a temperatura do dia ou a idade dos convidados, por exemplo.

“Às vezes, o ambiente está em um calor excessivo ou, então, em um frio excessivo. A questão do público depende também do número de preparações. Se eu vou ter mais crianças, eu vou ter pratos mais simples, se eu vou ter idosos, eu posso ter uma quantidade per capita menor do que para os adultos e para os adolescentes”, explica.

Passo a passo do planejamento

De acordo com a nutricionista, o primeiro passo para planejar uma ceia sem desperdícios é definir se os pratos serão comprados prontos ou preparados em casa.

Isto porque, durante o preparo, se deve ficar atento ao peso inicial e ao peso final dos alimentos.

Como explica Carmen, ao estimar a proporção de alimentos crus se deve levar em consideração os descartes durante o preparo, como ossos, pele, cascas, entre outros.

Ou seja, a estimativa deve ser maior do que o consumo em si. Diferentemente dos grãos, por exemplo, que ao serem hidratados, aumentam o volume. Por isso, a estimativa deve ser menor.

O segundo passo é identificar o perfil dos convidados. Carmen ressalta que quanto mais mulheres e idosos, o quantitativo deve ser menor, mais adultos, adolescentes e homens, um quantitativo maior.

Outra variável a ser levada em consideração é o número de preparos: menos pratos, um quantitativo maior; mais variedade, um quantitativo menor para cada opção.

“Eu pego a totalidade de 250 g de carne e divido entre as opções. Se eu vou ter tender, chester e peru, o tender eu vou colocar ele em 80 g, o meu chester e o peru em 170 g”.

“Eu posso fazer essa divisão de forma a fugir um pouco desses exageros, do desperdício. Lembrando que, acima de tudo, é um momento de celebração, de partilha”, explica.

Cuidado com o armazenamento

Levando em consideração que a estimativa tem como base diferentes vaiáveis, é possível que, mesmo tendo este cuidado na hora de planejar, ainda sobre pequenas porções de comida.

Diante deste cenário, Carmen ressalta a importância de armazenar de forma adequada todos os alimentos, principalmente, as carnes, as saladas e os preparos cremosos.

A nutricionista não recomenda deixar os alimentos expostos por mais de duas horas. O ideal é armazená-los em pequenos potes, dividindo em pequenas porções para descongelar por até 90 dias.

“Pode-se congelar tudo, mas alimentos com muito amido nós não aconselhamos que sejam congelados”, recomenda a nutricionista.

*Informações G1


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