Sem cura definitiva, melasma chega a acometer de 15% a 35% das mulheres

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  • Publicado em 17 de setembro de 2018 às 16:50
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:01
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Para tentar combater o problema, existem hoje no mercado vários tipos de tratamentos, como lasers e outros

Segundo Renata, os principais fatores para o aparecimento do melasma são exposição excessiva ao sol, influência genética e reposição hormonal

Segundo pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista – Unesp, estima-se que o melasma acometa de 15% a 35% das mulheres brasileiras.

Definido como manchas de cor amarronzada que recobrem partes do rosto, como buço, testa e bochechas, o melasma está entre as queixas mais comuns nos consultórios dermatológicos. “O melasma é um excesso de pigmentação – melanina – produzido pela melanócito, que é uma célula funcional, portanto, acabam surgindo manchas no tecido”, explica a esteticista e biomédica especialista em tratamento de hipercromias, rejuvenescimento e preenchimentos faciais, Renata Caroline Ferreira Lopes do Amaral.

Segundo ela, os principais fatores para o aparecimento do melasma são exposição excessiva ao sol, a fontes de radiação ultravioleta, influência genética, reposição hormonal, entre outros. Apesar disso, o melasma é uma das manchas mais complexas hoje para tratamento, uma vez que envolve diversos fatores, como desregulação hormonal, estresse, alimentação, falta de hidratação no organismo e outros. Ele começa a aparecer na face, mas também surge nos braços, pescoço e colo. “As manchas têm formatos irregulares e bem definidos, sendo geralmente simétricas – iguais nos dois lados”, esclarece Renata.

No combate

E para tentar combater o problema, existem hoje no mercado vários tipos de tratamentos – alguns tipos de lasers, luz intensa pulsada, peelings e cosméticos. “Hoje trabalho com uma junção de ácidos, através dos quais conseguimos uma regressão de até 80% a 90% da coloração desta mancha e o mais importante é a manutenção deste resultado, evitando, assim, o temido efeito rebote – a volta da coloração”, salienta Renata Amaral.

Cada sessão dura em torno de 40 minutos e ela indica no mínimo, quatro sessões para um resultado eficaz. “A duração do tratamento vai variar em relação ao tipo de melasma e em qual camada da pele – epiderme, derme e hipoderme – ele se encontra”, comenta ela, lembrando que o sucesso do tratamento sempre é uma parceria entre o paciente com o profissional. “Em média, após 30 dias é possível ver uma regressão da coloração das manchas já satisfatória”, garante.

Mas embora os novos tratamentos disponíveis apresentem resultados empolgantes, ainda não se conhece a cura definitiva para o melasma e sua recidiva é frequente. Por isso é preciso ficar sempre atento e cuidar para evitar que ele ocorra. “A melhor forma de prevenção é a proteção solar e a não exposição a fontes de radiação ultravioleta; evitar a exposição ao sol das 10h às 16h; uso de proteção física – bonés, chapéus, viseiras; e uso de protetores no período noturno, uma vez que estamos constantemente expostos a luzes artificiais”, enfatiza a esteticista e biomédica.

NO FOCO

Renata Caroline Ferreira Lopes do Amaral

Graduada em Estética e Biomedicina; pós-graduada em Procedimentos Injetáveis e especialista em tratamento de hipercromias (manchas), rejuvenescimento e preenchimentos faciais.

CRBM SP 14721