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Reunião foi organizada pelo vereador Daniel Bassi e Rede VOA e deu origem a várias propostas
Várias autoridades políticas, da segurança pública, sociedade civil e empresários se reuniram na manhã desta sexta-feira na Delegacia Seccional de Franca.
A motivação da reunião foi discutir alternativas para uma maior segurança aeroportuária na cidade, assim como exposição de danos causados pela ação de vândalos dentro e no entorno do aeroporto francano.
Um dos casos recentes foi a invasão da área de segurança do aeroporto por dezenas de pessoas, inclusive a maioria crianças e adolescentes, que deixaram o local após a chegada da Polícia Miitar.
Mas, em provável represália, houve um incêndio, após o episódio, na área do aeroporto da cidade, que teve de ser contido pelo Corpo de Bombeiros.
Tais fatos, além do prejuízo financeiro, podem comprometer o retorno dos voos comerciais a Franca, justamente pela questão da segurança para os pousos, decolagens na pista e permanência de aeronaves nos hangares.
As reivindicações
O representante da VOA, empresa que administra o aeroporto de Franca, Ícaro Marthos, solicitou uma presença mais ostensiva da Polícia Militar e da Guarda Civil Municipal nas ruas próximas ao aeroporto.
“É necessário, pois as viaturas circulando com mais frequência, principalmente nos finais de semana e períodos de férias, ajuda a coibir as invasões ao aeroporto”, disse Ícaro.
Muitas vezes, esses jovens entram no aeroporto para soltar pipas, em razão da grande área em torno da pista.
“Esse ato, que é inofensivo em áreas comuns da cidade, em um aeroporto interfere na segurança das operações e compromete o funcionamento dentro das normas de aviação, que não são poucas e são bastante criteriosas”, disse Ícaro.
O representante da VOA afirmou ainda que há grande prejuízo financeiro em razão de atos criminosos no aeroporto, especialmente com o furto de alambrado. “É inviável, por exemplo, a construção de um muro”, explicou Ícaro.
Poder Judiciário
O juiz de Direito José Rodrigues Arimatéa, diretor do Fórum de Franca, afirmou que o melhor caminho para evitar as invasões é promover a conscientização da população.
“Acredito que realizar ações educacionais e para conscientizar as crianças e adolescentes nas escolas é muito produtivo. Vai resolver em grande parte o problema. Ainda vai acontecer, mas vai diminuir muito”, disse o magistrado.
Arimatéa também sugeriu que o Corpo de Bombeiros faça uma inspeção técnica no aeroporto e entorno e verifique ações possíveis e dê direcionamentos.
“Também é interessante uma interação com os grupos de escoteiros de Franca, que são grande propagadores nessa questão educacional”, disse Arimatéa.
Poder Legislativo
Os vereadores Daniel Bassi e Gilson Pelizaro representaram a Câmara Municipal de Franca no evento. Ambos se dispuseram a articular a participação do município nas ações preventivas.
Os parlamentares disponibilizaram a estrutura da Escola do Legislativo para conteúdos educacionais e palestras para conscientização sobre a importância da segurança no aeroporto francano.
“Também podemos fazer a ponte com as secretarias municipais de Educação e Ação Social, que podem somar nas ações discutidas, assim como inserir o Legislativo”, afirmou Bassi, que foi o articulador da reunião.
No âmbito do Pode Legislativo federal, a assessoria do deputado federal Arnaldo
Jardim também se fez presente e sugeriu a contratação de vigias e seguranças, de preferência, que sejam moradores no Complexo Aeroporto, ou seja, conhecem e podem dissuadir possíveis invasores.
Poder Executivo
O secretário de Cidadania e Segurança de Franca, Coronel Marcus Araújo, comandante da Guarda Civil Municipal, afirmou que, embora a segurança do local seja atribuição da Polícia Militar, a GCM vai colaborar.
“Dentro de nossas atribuições, sempre estaremos alinhados a todas as ações que tragam mais segurança aos francanos”, afirmou Araújo.
Polícia Civil
O delegado seccional de Franca, Wanir Silveira Júnior, acredita que a conscientização e maior aproximação dos moradores do Complexo Aeroporto é um caminho interessante.
“Em Franca, não temos favela. E isso facilita muito o acesso e o contato com as pessoas. É preciso interagir com as lideranças dos bairros do Complexo Aeroporto, pois essas lideranças têm muito mais proximidade com os moradores, inclusive aqueles que praticam os atos ilícitos, e podem levar a gravidade da situação”, disse o policial.
Polícia Militar
O major Helder Antônio de Paula, subcomandante do Batalhão da Polícia Militar em Franca, concordou que o diálogo é o caminho mais viável.
“Não é tudo que se resolve com a força do cacetete. É preciso ter diálogo e agir preventivamente junto à comunidade para que nossa presença não se faça necessária tantas vezes. Sempre que precisar, iremos, mas é melhor buscar a conscientização”, disse o oficial, que se comprometeu a avaliar medidas preventivas de patrulhamento para somar aos esforços das demais autoridades.
Corpo de Bombeiros
O tenente dos bombeiros, Lafael Vítor, atendendo à proposta do juiz Arimatéa, afirmou que será feita uma vistoria no aeroporto com sugestões técnicas para evitar acidentes como incêndios.
“A empresa que administra o aeroporto deve manter uma brigada, até porque o tempo de resposta, em incidentes, é menor que o nosso. Mas sempre que precisarem estaremos à disposição para fazer nosso trabalho e colaborar”, disse o oficial bombeiro.
Ordem dos Advogados
O presidente da OAB de Franca, Acir Matos, também colocou a entidade à disposição para auxiliar no aumento da segurança aeroportuária em Franca.
“Sempre queremos o melhor para Franca e estaremos alinhados com as autoridades e a sociedade civil organizada para ações educativas e o que mais for necessário de nossa parte”, garantiu o presidente.
ACIF
O presidente da Associação do Comércio e Indústria de Franca, Fernando Jorge, afirmou que a mobilização de autoridades e da sociedade civil é fundamental.
“A Junta Comercial do Estado funciona dentro da Acif e havia uma movimentação para que fosse embora. A gente brigou e evitou isso. É preciso mobilizar e agir para obter resultados e a Acif está à disposição para ajudar na questão do aeroporto”, disse Jorge.
Sociedade civil
Também compareceram à reunião outras lideranças da sociedade civil de Franca, como Ézio Pedroza (Conselho Municipal de Segurança e Rede Drogafarma); Renato Raimundo (Grupo Stick Fran); Alex Sander Oliveira (Grupo Magalu); Ítalo Mazzucato (Associação dos Loteadores), além dos delegados Daniel Radaeli (Inteligência da Polícia Civil), Luiz Carlos Almeida e Dalmo Polo (assistentes da Seccional de Franca).
Magalu e Stick Fran, que já realizam projetos educacionais junto a escolas de Franca, colocaram as suas estruturas à disposição de projetos educacionais.
Todos os demais também estão dispostos a colaborar com a causa da segurança aeroportuária em Franca.