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A antiga Peixoto está entre dois complexos energéticos: Furnas (a montante) e Estreito (jusante)
Hélio Rodrigues, especial para o Jornal da Franca
A história da Usina Mascarenhas de Moraes, anteriormente denominada Peixoto, data de 1947, dez anos antes da fundação de Furnas.
Foi na época que a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) via ameaçada de esgotamento a sua capacidade de geração.
Estudos realizados numa bacia de drenagem, com 59.600 km², indicaram os benefícios da construção da barragem, permitindo, assim, a regularização das descargas do rio Grande.
Em 1950, a CPFL conseguiu a concessão para construir uma usina hidrelétrica num local situado próximo à cidade de Ibiraci.
Sete anos depois, duas unidades, de 40 MW cada, entravam em operação. Esta foi a primeira usina de grande porte construída no rio Grande.
Localizada entre as usinas de Furnas (a montante) e Luiz Carlos Barreto de Carvalho (a jusante), a Usina Mascarenhas de Moraes está entre dois grandes complexos energéticos.
Posteriormente, a regularização das vazões do rio Grande, realizada, sobretudo, pela Usina de Furnas, permitiu que mais unidades fossem instaladas e, em 1968, a então Usina de Peixoto alcançou sua capacidade final de 476 MW, com dez unidades geradoras.
Em dezembro do mesmo ano, Peixoto recebeu nova denominação: Usina Marechal Mascarenhas de Moraes.
Somente em 1º de agosto de 1973, por determinação da Eletrobras, a usina passou a ser operada por Furnas.
DADOS TÉCNICOS
Barragem
Tipo: arco e gravidade
Desenvolvimento no coroamento: 600 m
Elevação no coroamento: 669,12 m
Volume total: 800 mil m³
Reservatório
Nível normal de operação: 666,12
Nível de máxima cheia (Nível máximo maximorum): 666,92
Nível de desapropriação: 668,62 m
Nível mínimo de operação: 653,12
Área inundada: 250 km²
Volume total: 4,04 bilhões m³
Volume útil: 2,5 bilhões m³
Tomada d’Água
Comportas tipo vagão
Quantidade: 10
Altura d’água sobre a soleira: 22 m
Largura: 7,08 m
Altura: 6,15 m
Fabricantes: 1 a 3 – Paceco (USA) / 4 – Monarch (USA) / 5 a 10 – Torque (Brasil)
Vertedouro
Descarga Máxima: 9.350 m³/s
Comportas tipo segmento
Quantidade: 11
Largura: 10,67 m
Altura: 12,98 m
Raio: 10 m
Fabricante: Paceco (USA)
Vertedouro complementar
Descarga Máxima: 3.1000 m³/s
Comportas tipo segmento
Quantidade: 2
Largura: 12 m
Altura: 16,50 m
Raio: 16 m
Fabricante: Bardella S.A.
Casa de força
Tipo: semicoberta
Dimensão: 210 m x 25 m
Unidades geradoras: 10
Rotação: 128,6 RPM (unidades 1, 2, 5, 6, 7 e 8) / 138,5 RPM (unidades 3, 4, 9 e 10)
Potência nominal: 40 MW (unidades 1 e 2) / 48 MW (unidades 3 e 4) / 49 MW (unidades 5, 6, 7 e 8) / 52 MW (unidades 9 e 10)
Turbinas
Tipo – Francis de eixo vertical
Diâmetro do rotor: 3,911 m (unidades 1 e 2) / 3,947 m (unidades 3 e 4) / 4,013 m (unidades 5, 6, 7 e 8) / 3,950 m (unidades 9 e 10)
Fabricantes: 1 e 2 (Dominium/Canadá) / 3 e 4 (Morgan Smith/USA) / 5, 6, 7 e 8 (W.Stell/USA) / 9 e 10 (MEP/Brasil)
Geradores
Frequência – 60 Hz
Tensão nos terminais: 13,8 kV
Fabricantes: 1 a 4 (Westinghouse/USA) / 5, 6, 7 e 8 (General Electric/USA) / 9 e 10 (Brown Boveri/Brasil)
Transformadores: 24 (operação mais reserva)
Tipo: monofásico / trifásico
Capacidade total em operação: 797,92 MVA
Relação de transformação: 13,8 / 345 kV / 13,8 / 138 kV
Fabricante: ABB / Westinghouse / GE / Alsthon