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Confira algumas dicas para usar o novo sistema de pagamentos instantâneo com segurança
A chegada do Pix promete modernizar e agilizar as transferências no Brasil com liquidação em até 10 segundos e sem restrição de data ou horário.
O funcionamento do sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central, no entanto, ainda gera dúvidas entre usuários.
Isso porque, embora traga vantagens, o serviço diferencia-se em alguns aspectos dos modelos DOC e TED.
Dessa forma, utilizar o sistema requer atenção redobrada no momento de cadastrar e compartilhar chaves e realizar transferências.
Veja, a seguir, coisas que não se deve fazer na hora de usar o Pix para evitar problemas e não cair em armadilhas.
1. Cadastrar a mesma chave em bancos diferentes
Uma mesma chave não pode ser cadastrada em diferentes bancos.
Caso o consumidor queira utilizar uma chave já cadastrada em outra instituição, é necessário realizar a portabilidade.
O procedimento deve ser iniciado no aplicativo do banco que será realizado o cadastro, seguido da confirmação de um código recebido por telefone ou e-mail e autenticação na instituição original.
É possível, no entanto, cadastrar várias chaves do mesmo tipo em um único banco, desde que elas sejam diferentes.
Usuários que têm mais de uma linha telefônica ou vários endereços de e-mail, por exemplo, não são impedidos de registrar todos eles no mesmo banco.
Vale lembrar que uma única instituição pode acumular o máximo de cinco chaves de qualquer tipo por cliente.
2. Errar a chave na hora de transferir o dinheiro
O usuário deve ficar atento e se certificar que a chave de destino está correta antes de finalizar uma transferência.
O Pix consiste em um sistema de transações que se efetivam de forma instantânea, com liquidação em tempo real e irreversíveis.
Dessa maneira, confira sempre se o nome da pessoa e o trecho do CPF que aparecem na tela de confirmação são realmente do destinatário desejado antes de efetuar a transação.
Segundo o Banco Central, nada impede de haver uma transferência reversa para o remetente em caso de engano, mas a outra parte deve concordar.
Por isso, trata-se de uma possível devolução voluntária, e não um estorno mediado, como acontece com o cartão de crédito.
3. Pagar por uma transferência
O Pix deve ser disponibilizado gratuitamente para pessoas físicas até o teto de 30 transações por mês.
Por isso, consumidores que se enquadram nesse critério não pagam taxas de transferência no sistema, independentemente do banco ou tipo de conta.
A instituição financeira só tem autorização para cobrar do cliente se o limite é estourado, ou em qualquer situação no caso de Pessoa Jurídica.
Dessa forma, é importante ficar atento a eventuais cobranças de tarifas pelo uso do serviço.
4. Fornecer chaves com dados pessoais a estranhos
Além de CPF, e-mail e número de telefone, a chave do Pix pode ser um código gerado aleatoriamente.
Essa modalidade é mais indicada para quem precisa receber transferências de desconhecidos e não deseja compartilhar informações pessoais para não comprometer a privacidade e a segurança.
Vale lembrar que, caso não queira utilizar a chave aleatória gerada no aplicativo do banco, o consumidor tem a opção de criar e-mails alternativos para fornecer a pessoas fora de seu círculo de confiança.
5. Ler QR Codes suspeitos
A leitura de QR Code para fazer um Pix pode ser usada como iscas por golpistas.
Na hora de pagar com leitura de código QR, é preciso se certificar de que a pessoa ou estabelecimento é confiável.
Use sempre o aplicativo do banco para pagar e desconfie, por exemplo, se o celular pedir para abrir um link fora do app da instituição financeira.
A leitura do código também não deve resultar no download de nenhum arquivo no aparelho.
6. Deixar o celular desprotegido
As mesmas precauções de segurança com aplicativos de bancos valem para o Pix.
Como o sistema não tem um app próprio, é preciso ter cautela com os serviços financeiros no smartphone para não ser alvo de golpes.
Por isso, nunca use senhas fáceis de descobrir e mantenha o telefone protegido com biometria sempre que possível.
Em celulares Android, dê preferência para leitor de digitais e de íris e evite usar reconhecimento facial, recurso que é mais seguro no iPhone.
*Informações TechTudo