Saiba o que levou as pessoas a fazerem tanto pão durante a quarentena

  • Rosana Ribeiro
  • Publicado em 3 de agosto de 2020 às 18:04
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 21:03
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A pandemia foi acompanhada por um boom na produção de pães caseiros. Mas por que ? Eis uma explicação

A pandemia mudou nossas vidas radicalmente, deixando claros problemas estruturais que enfrentamos em nível nacional e internacional. 

E ela também nos brindou com quantidades inacreditáveis de pão caseiro.

No começo, muita gente tentou estocar pão de supermercado em casa, numa época em que ninguém usava máscara. 

Aí alguns decidiram dar um passo extra, fazendo o próprio pão em casa. 

Os moinhos não deram conta, e começou a faltar farinha nas prateleiras (alguns tentaram comprar pela internet). Também ficou difícil encontrar fermento, o que levou muita gente a experimentar com fermento caseiro.

Parece que todo mundo tentou aprender a fazer pão e fermento natural. E mesmo quem não chegou a esse nível de sofisticação pelo menos tentou fazer um pão de banana.

Mas por que pão? Tanta coisa para cozinhar ou assar, por que o pão foi essa grande estrela do isolamento?

Pão é um alimento essencial desde as primeiras atividades agrícolas dos humanos no Oriente Médio. 

Na religião, o pão é um símbolo-chave da eucaristia, sem falar no Pai Nosso (“o pão nosso de cada dia nos dai hoje”). 

No judaísmo, o pão sem fermentação é consumido no Pessach, a Páscoa judaica, para lembrar a fuga dos judeus do Egito. 

O pão está intimamente associado à História da humanidade, isso é muito claro.

E preparar coisas no forno, especialmente para os outros, pode trazer vários benefícios psicológicos. 

É uma forma de expressão e comunicação, uma oportunidade para relaxar, uma distração saudável. Fazer pão pode ser uma ótima forma de aliviar o estresse.


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