Saiba mais sobre Santiago Scala, o argentino mais amado da torcida do Sesi Franca

  • F. A. Barbosa
  • Publicado em 26 de abril de 2024 às 16:00
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Atleta é um dos titulares do time francano e tem jogo muito constante

Atualmente, o habitat natural do panda-gigante se limita ao centro-sul da China, nas florestas temperadas das províncias de Sichuan, Gansu e Shanxi. No Brasil, o “Panda” mais conhecido atende pelo nome de Santiago Scala, titular do Sesi Franca, que avançou às quartas de final dos Playoffs do NBB para encarar o Paulistano.

A correlação do armador argentino com o urso começou na infância. “É desde bebê. A minha família falava que eu tinha bochechas gordinhas. Então falavam que eu parecia um urso panda”, explicou Santiago Scala.

O jogador, assim, resolveu eternizar na pele o apelido em 2016, quando ainda jogava na Argentina. Ele fez uma tatuagem de um panda, o que reforçou o apelido no Brasil, onde ele chegou antes da temporada 2021/22 do NBB.

Argentino pilhado

Apelido à parte, Scala tem características bem diferentes do panda, já que o animal é visto como preguiçoso por passar praticamente o dia todo tranquilo, apenas se alimentando de bambu. O argentino costuma deixar tudo em quadra. Nesta temporada, o armador virou titular da equipe do técnico Helinho e, com isso, melhorou o seu desempenho, registrando suas maiores médias.

“É uma coisa que eu não gosto muito de falar, só quero fazer coisas para ajudar a equipe a ganhar os jogos, sabendo que tenho dias bons, dias ruins, mas sempre deixando tudo na quadra”, afirmou o argentino.

Ele tem médias de dez pontos, 4,4 assistências e 2,7 rebotes, além de 12,7 de eficiência, na atual temporada. Scala ainda registra um aproveitamento de 43,9% nas bolas de três pontos e 53,8% nos arremessos de dois.

Santiago Scala com suas irmãs, comemorando seu aniversário com um bolo de panda. Foto: Arquivo Pessoal

Eleito o melhor sexto homem na temporada passada, Scala não vê muita diferença ao ter agora o status de titular. O importante, segundo o jogador, é estar em quadra nos momentos decisivos.

“Como falei antes, só quero ajudar a equipe no lugar que o treinador achar necessário, sempre quero jogar sim, e penso sempre que é melhor fechar os jogos do que jogar do início.”

Os números não significam muita coisa para o “Panda”. Nesta temporada, por exemplo, ele subiu de 2,7 assistências para 4,4, o que o coloca na condição de líder no fundamento no Sesi Franca e o 13º no NBB.

“Principal ou não, não é de meu interesse. Só gosto de dar assistências. Gosto quando time passa a bola e escolhe o melhor arremesso”, afirmou Scala, que já se sente totalmente adaptado ao basquete brasileiro.

“Já é meu terceiro ano aqui no Franca, desde que cheguei estou muito cômodo, sempre com pessoas muito boas, que me apoiam diariamente. Isso foi muito importante para minha adaptação.”

Ganhou tudo

Bicampeão do NBB, campeão da Basketball Champions League Américas e da Copa Intercontinental (Mundial de Clubes) pelo Sesi Franca, o “Panda” vê o elenco bastante motivado para conquistar mais títulos.

Dono da segunda melhor campanha na temporada regular, com 31 vitórias e cinco derrotas, o time francano superou o Mogi das Cruzes na série de oitavas de final dos playoffs por 2 a 0 e agora enfrenta o Paulistano por uma vaga na semifinal, em uma melhor de cinco jogos.

“Franca é um equipe que sempre briga pelos títulos. Nós (elenco) também queremos isso, quando não dá certo ficamos com raiva e sempre trabalhamos e queremos mais sim, temos de demostrar na quadra todos os dias”, afirmou o armador.

Scala prevê uma série difícil diante do Paulistano, equipe responsável inclusive por eliminar o Sesi Franca na semifinal do último Campeonato Paulista, em jogo único disputado em Rio Claro.

“É um rival muito difícil, uma equipe que joga um bom basquete e tem uma marcação muito dura. Nós temos de fazer o nosso trabalho, defender mais que eles. Vamos deixar tudo na quadra para passar às semifinais”, avisou o “Panda”.

 


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