Saiba como um pirulito pode ajudar a detectar os primeiros sinais de câncer na boca

  • Nina Ribeiro
  • Publicado em 17 de abril de 2024 às 12:30
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Cientistas estão desenvolvendo um dispositivo nos moldes de um tradicional pirulito que pode ajudar a detectar precocemente um câncer na boca

Cientistas estão desenvolvendo novo método para detectar câncer na boca – foto Freepik

 

Cientistas da Universidade de Birminghan, no Reino Unido, estão desenvolvendo um dispositivo nos moldes de um tradicional pirulito que pode ajudar a detectar precocemente um câncer na boca.

De acordo com relato do Daily Mail, o “pirulito” absorve proteínas da saliva liberadas pelas células cancerígenas da boca à medida que crescem e se espalham. Essas proteínas do tumor ficam presas ao revestimento de gel especial.

Esse gel é, então, irradiado com luz ultravioleta, virando um líquido e liberando as eventuais proteínas cancerígenas, permitindo aos médicos identificarem, em minutos, a existência de um tumor.

A proteína alvo é a interleucina-6, que é produzida naturalmente pelo sistema imunológico em resposta a infecções ou inflamações.

No entanto, essa proteína também é gerada em excesso pelas células cancerígenas à medida que proliferam – muitos outros estudos já identificaram a sua presença na saliva como um sinal de alerta.

Os pesquisadores esperam que o pirulito acelere o diagnóstico de cânceres orais – ou possa mesmo ser utilizado para detectar tumores nas pessoas com maior risco, como fumantes ou aqueles bebem grandes quantidades de álcool.

Os pesquisadores de Birmingham passarão os próximos três anos aperfeiçoando o teste do pirulito, que foi desenvolvido para ser usado rotineiramente por clínicos gerais e dentistas.

De acordo com o Daily Mail, cerca de 9 mil pessoas são diagnosticadas anualmente com câncer oral, que inclui língua, gengivas, amígdalas, lábios e céu da boca no Reino Unido, levando a cerca de 3 mil mortes por ano – mais do que o câncer cervical e testicular combinados.

Isso ocorre, em parte, porque mais da metade dos casos são detectados apenas quando o tumor se espalha para outras partes do pescoço e da cabeça, já que raramente há sintomas óbvios.

Apenas 50% dos casos diagnosticados em fase avançada sobrevivem para além dos cinco anos. A expectativa é que esse percentual suba para 90% com a detecção precoce dos tumores.

*Informações Época Negócios


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