Saiba como são feitas as rações e escolha a certa para seu cachorro

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 12 de fevereiro de 2018 às 12:11
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:34
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A ração do cachorro pode variar de acordo com a díade, peso e doenças como diabetes e obesidade

A alimentação é um dos pontos mais importantes para a saúde tanto humana quanto animal. No caso dos pets, uma ração para cachorros precisa ter uma gama balanceada de nutrientes e vitaminas de forma que supram a necessidade de acordo com sua raça, porte e idade.

A ração do cachorro pode variar de acordo com sua idade, peso e doenças como diabetes e obesidade

Com tantas opções disponíveis fica cada vez mais difícil escolher a ração para cachorros adequada. Entretanto, o que muitos tutores não consideram antes de comprar o alimento do pet é que, se essa escolha for feita de forma indiscriminada, o animal pode ficar sujeito a deficiências nutricionais e outros problemas de saúde.

Como é feita a ração de cachorros

Primeiramente, é preciso entender como é feita a ração do seu cachorro. Geralmente os componentes usados são restos de alimentos, que são descoloridos com dióxido de titânio e mudam de cor com corantes. Confira os ingredientes mais comuns.

Vísceras: Muitas vísceras de animais, que não são muito consumidas pelos seres humanos, costumam integrar certos tipos de rações. Entre elas estão estômagos, tripas, pulmões e pés de galinha. Apesar de parecer nojento para nós, essa mistura é repleta de proteínas.

Carcaça de bovinos: A carcaça de bovinos também é muito utilizada. Essa mistura é rica em cálcio, ferro, fósforo e proteína.

Arroz: Também chamada de “Quirera de Arroz”, esse alimento consiste em grãos de arroz defeituosos e quebradiços. Apesar disso, ele é considerado um produto de alta qualidade devido seu elevado nível proteico e de amido. Suas vantagens são o fato de ser alergênico, de fácil digestão e possuir pouca gordura. 

Outros ingredientes, como óleos de peixe, farinhas de milho, trigo, soja, glúten, batata, raízes de verduras, beterraba, milho, linhaça, feijão, amido e espessantes também podem ser usados dependendo do tipo de ração.

O alimento é fabricado em diversas etapas. Em alguns casos, como os das vísceras, os ingredientes são primeiramente cozidos. Após isso vem o processo de moagem, onde o alimento é moído em pequenas partículas. Os componentes então são misturados para garantir que atinjam todos os níveis de nutrientes necessários, secos e por fim prensados nos formatos desejados.

Ração econômica

As rações econômicas, também chamadas de “rações comuns”, são produtos com uma qualidade nutricional reduzida mas que são muito vendidos devido a seu pequeno custo. Geralmente os seus ingredientes são de origem vegetal (que não são recomendados por muitos especialistas). Geralmente são vendidos em feirinhas e mercearias por quilo. 

Rações Standard

As rações do tipo Standard têm um preço mais caro que as rações econômicas, mas ainda acessível. São vendidas por empresas de renome e, portanto, têm um compromisso maior com a qualidade. Contém proteína animal e vegetal que, apesar de ser uma mistura nutritiva, ainda não é perfeita. Ingredientes com pouca digestibilidade, como a soja e o glúten, podem ser encontrados nesses produtos.

Rações Premium e Super Premium

Esses são os melhores produtos quando se trata de nutrição canina. Por consequência, são mais caros. Em sua fórmula é possível encontrar ingredientes puramente animais, como carne de frango, ovelha e peru – assim como resíduos de abatedouro. 

Outra característica dessas rações (principalmente a Super Premium) é a sua maior digestibilidade. Ou seja, o cão vai conseguir digerir melhor o alimento. Isso pode trazer uma grande vantagem econômica para os donos pois o animal vai acabar consumindo menos.

O que considerar na hora de comprar a ração

A idade do animal

Durante os seus diferentes estágios de vida os animais podem necessitar de nutrientes diferentes.

Filhotes:  Após 45 dias de amamentação marterna, os filhos precisam começar a comer ração. É necessário que elas possuam componentes capazes de proteger e estimular o sistema imunológico, fortalecer os ossos e ajudar no crescimento.

Cães adultos: Na fase adulta é preciso uma dieta protéica e energética, evitando produtos que dificultem a digestão e priorizando nutrientes como a taurina, minerais quelatos, proteína de carne e cálcio. 

A grande maioria das marcas diz a idade na qual o produto é destinado na embalagem.  No caso de cães idosos, a principal diferença é na quantidade de calorias diárias que o animal vai consumir.

Cães pequenos (9-10 anos de idade):  Entre 100 e 560 calorias diárias;

Cães de porte médio (7-8 anos de idade): 1.120 calorias diárias;

Cães de porte grande (7-8 anos de idade):  Entre 1.120 e 1.880 calorias diárias.

Cães de porte gigante (5-6 anos de idade)  Mais de 1.880 calorias diárias.

Os valores podem variar de acordo com o peso e, principalmente no caso dos cães de porte gigante, precisam do monitoramento de um especialista. 

Porte e atividades físicas

O porte do pet influência no alimento que ele come. Animais grandes precisam de uma quantidade de calorias maior, assim como nutrientes que atendam as suas necessidades específicas. Também existem distinções para cachorros que realizam atividades físicas regularmente e para aqueles sedentários

Dicas de alimentação para cachorros

Filhotes comem de 3 a 4 vezes por dia quando pequenos;

Conforme o animal for crescendo, diminua gradativamente a quantidade de refeições. Um cão adulto come 2 vezes ao dia;

A ração para animais adultos deve ser dada a partir do primeiro ano de idade;

Evite dar restos de comida, doces e massas para o animal. Caso deseje optar por uma dieta caseira, consulte um veterinário com antecedência;

Mudanças alimentares devem ser feitas gradativamente para evitar quadros de diarréia.

Dê petiscos e rações enlatadas apenas em casos especiais (como, por exemplo, em forma de recompensas). Esses produtos são extremamente gordurosos e em excesso podem causar obesidade.