Saiba como é a depressão resistente, que atinge 4 a cada 10 brasileiros

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 23 de outubro de 2019 às 15:44
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:57
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É considerada resistente quando paciente não apresenta melhora após uso de 2 antidepressivos diferentes

Tristezafalta de energiasono em excesso. Esses são alguns dos principais sintomas da depressão, doença que atinge cerca de 11,5 milhões de brasileiros. 

Além disso, um estudo realizado pela UFMG mostra que cerca de 40% da população do país sofre com uma versão mais complicada da doença, a chamada depressão resistente. “A depressão pode ser considerada resistente quando não há uma melhora no paciente após o uso de dois antidepressivos diferentes”, diz o mestrando André Freitas, pesquisador da Faculdade de Medicina da UFMG. Ele também alerta que o tempo de espera para avaliar o efeito do medicamento receitado varia entre seis e oito semanas.

Embora mais complicado, o tratamento da depressão resistente não é impossível. Segundo André, o psiquiatra que acompanha o paciente pode receitar uma combinação de medicamentos, para potencializar o efeito, mas também existem remédios que vão além dos fármacos. “O apoio familiar faz toda a diferença no tratamento de qualquer depressão. É importante reforçar laços sociais, perguntar se está tudo bem, acompanhar o paciente nas consultas, verificar se a pessoa está usando o medicamento da forma correta”, ressalta o pesquisador.

Mas não precisa entrar em desespero caso você não tenha tido sucesso com o remédio receitado. Segundo uma pesquisa da Universidade da Carolina do Norte, nos Estaos Unidos, apenas um terço dos pacientes sente uma melhora no seu quadro depois de testar o primeiro antidepressivo. 

O estudo também apontou que os pacientes não devem desistir. Cerca de sete em cada dez adultos entrevistados acabaram encontrando um tratamento que funcionava.


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