Saiba como detectar sinais da perda de audição que afeta 10 milhões de brasileiros

  • Joao Batista Freitas
  • Publicado em 7 de janeiro de 2025 às 18:00
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Seguindo esse padrão do IBGE, é possível que cerca de 17 mil francanos apresentam algum grau de deficiência auditiva.

Segundo uma pesquisa recente do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 5% da população brasileira apresenta alguma deficiência auditiva, o que corresponde a cerca de 10 milhões de pessoas.

Destas, 2,7 milhões têm surdez profunda, ou seja, não escutam nada. Mas como detectar os sinais iniciais de perda auditiva?

Para o médico Paulo Mendes Junior, especialista do Hospital Paranaense de Otorrinolaringologia (IPO), maior do segmento na América Latina, um dos sintomas iniciais é não entender o que os outros falam.

“Existe uma dificuldade de compreender as falas. As pessoas conversam ouvindo e lendo os lábios, é um sistema complexo”, afirma.

Qual a causa

Existem várias causas para a perda de audição, e um exame chamado otoscopia detecta se a perda existe ou se é algo comum, como acúmulo de cera no ouvido.

Problemas como congestão nasal podem causar também a surdez e uma audiometria consegue mapear o que está acontecendo.

A audiometria consegue identificar se existe uma dificuldade real de escutar, se atinge os dois ouvidos, qual a frequência de perda auditiva. “Normalmente se perde a audição nos tons agudos, onde a pessoa escuta, mas não entende o que é falado”, conta.

Dependendo da perda auditiva, dois procedimentos podem ser feitos, como a cirurgia em casos de otoesclerose ou, se for acúmulo de secreção (como nos casos do nariz que vai para o ouvido), uma limpeza já é eficaz.

Cognição

“O aparelho de audição é recomendado em diversos casos, mas não caracteriza uma surdez total. Lembrando que um longo período sem tratar a perda auditiva pode ocasionar em problemas cognitivos, e até mesmo complicar o dia a dia ao não ouvir um celular, uma buzina, enfim, traz transtornos para a rotina da pessoa”, diz.

Hoje, os aparelhos estão muito modernos, alguns até se conectam ao celular, com diversas opções de tamanho. “Não é mais como antigamente em que os modelos geravam até um desconforto. Eles estão cada vez mais compactos, tecnológicos e eficientes”, finaliza Mendes Junior.


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