​Sabesp não tem prazo para retomar as obras de captação do Sapucaí-Mirim

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 4 de dezembro de 2019 às 17:48
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:06
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Entrave judicial emperra realização do empreendimento que já deveria estar funcionando desde 2015

As obras do novo sistema de captação de água de Franca, que tinham projetos de ser concluídas em 2015, ainda continuarão indefinidas. 

Isto porque a parte das obras lineares sofreu paralisação por conta da desistência da empresa vencedora da concorrência e cuja situação encontra-se em discussão judicial. 

A obra, que foi iniciada em 2012, busca a captação no sistema Sapucaí Mirim e estava com a previsão para abastecer Franca por mais 20 anos. 

As obras lineares deste sistema (adutoras e linhas de recalque) deveriam estar prontas em 2015, mas avançaram pouco. 

O novo sistema estava previsto para abastecer Franca até 2037, porém ao ser concluído estima-se que Franca não enfrentará problemas durantes os próximos 20 anos. 

O Jornal da Franca procurou a Sabesp em busca de uma explicação sobre essas obras, uma vez que o governo estadual fez parcerias com o Bird para investimentos em outras regiões. 

O esclarecimento, através da assessoria de imprensa da Sabesp, aponta que a obra do novo Sistema Sapucaí Mirim é um projeto que antecipa em décadas o atendimento às necessidades do município. 

Sendo assim, não se trata de obra emergencial e o seu andamento atual não traz qualquer risco para o abastecimento local.

A Sabesp informa que realizou o projeto do sistema de abastecimento de água no município de Franca, chamado Sistema Produtor Sapucaí Mirim. 

Por questões administrativas e técnicas houve a contratação de duas empresas para realização das obras do sistema, conforme a empresa explicou.

A primeira parte, de obras lineares, teve 72% de execução, porém houve paralisação por parte da empresa contratada em abril de 2016. 

Em virtude disso, o contrato foi rescindido unilateralmente pela Sabesp, com aplicação de sanções à empresa contratada. 

A questão está no Judiciário. Paralelamente, o processo administrativo está sendo retomado para permitir que as obras sejam concluídas.

A segunda parte, referente às obras localizadas, encontra-se em andamento, com 99% de conclusão. A entrada em operação das obras dependerá da retomada e conclusão das obras lineares.

O empreendimento, segundo a Sabesp, estava orçado em R$ 100 milhões (conforme escrito na placa que anunciou a obra), mas já ultrapassou esse valor. 

E depois de concluídas as obras, a população francana será atendida por mais 50 anos com o abastecimento de água.

Hoje, além do rio Canoas, Franca é abastecida pelo manancial de Pouso Alegre, que também teve a vazão reduzida por conta da seca.

Mas o grande reforço para Canoas vem mesmo de Restinga, onde a Sabesp faz a captação de água em dois poços artesianos de grande profundidade, atendendo não só aquele município, mas também reforçando o abastecimento de Franca.


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