Roupas inteligentes são aposta para futuro do consumo de moda

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 22 de março de 2019 às 22:18
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:27
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Modelos com inovações tecnológicas permitirão que usuários monitorem a saúde, ajudem o meio ambiente e mais

O futuro já chegou
para itens como celulares, casas e carros. A tecnologia atual permite que eles
sejam mais “inteligentes” e auxiliem consumidores em suas tarefas diárias.
Agora, outro item pode entrar nessa lista: a roupa.

Essa é a proposta do pesquisador do Instituto de
Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da Universidade de são Paulo (USP),
em São Carlos, Mário Gazziro.

A partir de uma
sugestão da estudante de licenciatura em Ciências Exatas da USP Carolina Cerne,
o pesquisador desenvolveu quatro modelos de “roupas inteligentes” junto com os
alunos.

Os produtos funcionam pela união de centenas de
micro LEDs e sensores eletrônicos conectados a uma rede mesh, que não sofre
interferência das redes wi-fi. Os sensores permitem que os modelos sejam usados,
daqui a um tempo, para o monitoramento da saúde dos usuários. Outro ganho que
elas trarão ao consumidor é seu potencial sustentável.

Mercado

Mário Gazziro comenta as utilidades práticas das
“roupas inteligentes” que desenvolveu e prevê o possível mercado no futuro. “A
iniciativa partiu de uma das minhas alunas, que tinha formação nas Ciências
Exatas, mas também tinha experiências no ramo da moda. A primeira peça que
criamos monitorava o batimento cardíaco do usuário e, então, surgiu a ideia de
prepararmos um desfile com nossas criações, com motivos futuristas para
embasá-lo”, conta.

Centenas de microleds e sensores eletrônicos são a
tônica das peças inteligentes, que, ao serem conectadas a uma rede nash, não
sofrem interferência das redes wi-fi.

E isso pode levar a
um monitoramento futuro da saúde de seus usuários. “Seria interessante, por
exemplo, estendermos os estudos para desenvolver peças que também monitorem a
atividade muscular, para quem faz fisioterapia, esforços além do que deveria e
uma recuperação. É um universo muito amplo e interessante. Deficientes
auditivos também podem ser beneficiados com vestimentas com sensores. Nosso
interesse é que essa sustentabilidade chegue rapidamente aos usuários”,
conclui.


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