Rompimento de Prefeitura com entidades é tema de discussões em redes sociais

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 11 de dezembro de 2017 às 09:13
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:28
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Município desclassificou as entidades que acolhem idosos em Franca na última semana

A desclassificação de entidades que cuidam de idosos do chamamento público realizado pela Prefeitura de Franca, encerrado na semana passada, está rendendo acaloradas discussões nas redes sociais.

Chama a atenção os argumentos dos que defendem a administração, em sua maioria, servidores comissionados, que estão empenhados em colocar dúvidas sobre o trabalho realizado há vários anos pelas entidades.

A polêmica começou quando a Prefeitura desclassificou as entidades inscritas no chamamento para o serviço de acolhimento institucional de idosos em Franca, na modalidade proteção social especial de alta complexidade.

Foram desclassificadas as seguintes entidades: Instituição Espírita Nosso Lar Dona Leonor, Fundação Espírita Judas Iscariotes, Lar de Ofélia, Lar de Idosos Eurípedes Barsanulfo e Departamento de Promoção Vicentina Lar São Vicente de Paulo.

A Prefeitura, pelo Diário Oficial, não detalhou motivos para a desclassificação, mas o fato é que a Prefeitura se propõe a pagar R$ 1,2 mil mensais por idoso, bem distante do valor alegado do custo por idoso, em média, de R$ 3,4 mil por mês, segundo as entidades. As instituições não aceitaram e propuseram R$ 1,8 mil mensais por idoso, mas a Prefeitura também não aceitou.

A partir dali, começaram as críticas de lado a lado. “Infelizmente, com esta gestão não ê possível negociar”, disse Clóves Plácido Barbosa, presidente da Fundação Espírita Judas Iscariotes.

Os apoiadores de Gilson, via Facebook e WhatsApp, se apressaram em afirmar que o valor pedido é muito elevado e que é “preciso acompanhar de perto a fiscalização das contas das instituições”, colocando em dúvida a lisura das entidades.

Durante o fim de semana, os debates se estenderam por vários grupos e, é claro, não chegaram a lugar algum. Fato é que, a  partir de 1º de janeiro, sem as entidades, o serviço estará a cargo direto da Prefeitura, o que pode ocasionar a retirada de 300 idosos dos lares. A previsão é que um novo chamamento público seja realizado, mas isso ainda não tem data para ocorrer.

“A entidade assume a responsabilidade do governo e ainda utilizam o subterfúgio da desclassificar todas do segmento. Claro que falta vontade política (…) Boa sorte à administração. Não conseguem resolver a questão dos moradores de rua e agora também deverão ter que resolver isto até 31 de dezembro”, disse Cloves.


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