Ribeirão Preto é a 2ª cidade do estado de São Paulo com mais fertilizações in vitro

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 17 de julho de 2018 às 15:07
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:52
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Número de procedimentos aumentou 8% em todo o Estado, passando de 15.191 em 2016, para 16.357 em 2017

Ribeirão Preto é
a segunda cidade com maior número de fertilizações in vitro no Estado de São
Paulo, segundo informações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa). A cidade de São Paulo lidera o ranking com 58% dos procedimentos,
seguida por Ribeirão (16%) e Campinas (SP), com 9%.

De acordo com a
Anvisa, o número de procedimentos aumentou 8% no estado, passando de 15.191, em
2016, para 16.357, em 2017. Esse total corresponde a 45% dos registros no país.

O aumento da
procura pela técnica de reprodução feita em laboratório tem sido impulsionado
por mulheres na faixa dos 40 anos.

O procedimento
custa, em média, de R$ 15 a R$ 25 mil, mas há programas em clínicas
particulares para atender pessoas com rendas menores e também é possível fazer
o tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Segundo o
ginecologista especialista em reprodução humana Marcos Moura, as mulheres têm
esperado mais tempo para ter o primeiro filho e por isso, procuram as técnicas
de fertilização. “Houve uma desmitificação do processo de fertilização, aumento
das clínicas e redução dos custos. A maior parte dos casais é com mulheres com
mais de 35 anos idade. A mulher está deixando para engravidar em idades bem
mais avançadas. Com isso, passam a correr mais riscos de doenças que afetam o
seu sistema reprodutivo e, consequentemente, a sua fecundidade”, diz.

De acordo com o
médico, o processo de congelamento do óvulo e dos espermatozóides contribui
para a saúde das mulheres que deixam para engravidar mais tarde. “No caso das
mulheres que pretendem postergar a gestação, o ideal é que ela guarde ou
congele os óvulos o mais precoce possível. Para os homens também indicamos o
congelamento do sémen, quando são submetidos a um tipo de tratamento como
quimioterapia ou radioterapia, para preservar a fertilidade. Apesar do homem
produzir espermatozóide a vida toda, esses tipos de tratamentos podem diminuir
a quantidade de espermatozóides”, explica. 

Gravidez tardia

O Ministério da Saúde aponta que o número de mulheres que
foram mães após os 40 anos subiu 49,5% em 20 anos.

As
estatísticas mais atualizadas são de 2015 e mostram que 72.290 dessas mães
tinham entre 40 e 44 anos e outras 4.475 estavam na faixa etária dos 45 aos 49.
Houve ainda 373 brasileiras que se aventuraram na maternidade após os 50 –
entre elas, 21 já eram sexagenárias quando deram à luz. “Antigamente, o
planejamento profissional e familiar da mulher seguia as ordens do relógio
biológico feminino e ela devia fazer uma escolha baseada no tempo. Atualmente,
com os avanços da medicina, a mulher assumiu as rédeas de todas as suas
decisões”, completa Moura.


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