Ranger os dentes: saiba como o bruxismo se tornou o novo mal do século

  • Joao Batista Freitas
  • Publicado em 18 de março de 2025 às 18:00
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Saiba como o bruxismo, impulsionado pelo estresse e pela ansiedade, tem prejudicado a saúde bucal de muitos brasileiros

Nos últimos anos, o bruxismo, condição caracterizada pelo apertar ou ranger dos dentes, tem se tornado uma preocupação crescente entre profissionais de saúde.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 40% dos brasileiros sofrem de bruxismo. Isso significa que quatro em cada dez pessoas no Brasil têm essa condição, que pode ocorrer tanto durante o dia quanto à noite.

Essa prevalência alarmante se reflete nos impactos negativos na saúde bucal. “O bruxismo pode causar desgaste dentário significativo, dores na mandíbula e problemas na articulação temporomandibular (ATM),” explica a ortodontista, Dra. Luiza Rebelo Roth Ayub.

Esses sintomas demonstram como o bruxismo pode afetar drasticamente a qualidade de vida das pessoas, tornando essencial o diagnóstico e tratamento adequado dessa condição.

Mas afinal, qual o impacto do bruxismo na qualidade de vida? 

O bruxismo não é apenas um incômodo passageiro; ele pode ter um impacto profundo na qualidade de vida das pessoas.

“O ranger dos dentes pode levar a dores de cabeça frequentes, dores na mandíbula, desgaste dentário e, em casos mais graves, até mesmo problemas na articulação temporomandibular. Esses sintomas podem interferir na capacidade de realizar tarefas diárias e afetar o sono, contribuindo para um ciclo vicioso de estresse e ansiedade”, explica a Dra. Luiza.

Dentre os principais sintomas, Luiza destaca que o bruxismo pode causar dores de cabeça, dores na mandíbula e desgaste dentário, afetando a qualidade de vida das pessoas.

6 tratamentos indicados para bruxismo 

Luiza explica que felizmente, existem várias opções de tratamento disponíveis para ajudar a gerenciar e mitigar os efeitos do bruxismo:

Placas Miorrelaxantes: “Feitas sob medida, em consultório, essas placas são colocadas nos dentes durante a noite para proteger contra o desgaste dentário e aliviar a tensão na mandíbula”, revela.

Terapias de redução de estresse: “Técnicas como ioga, meditação e exercícios de respiração podem ajudar a reduzir os níveis de estresse e ansiedade, diminuindo a frequência e intensidade do bruxismo”, conta.

Fisioterapia: “Atualmente, muitas pessoas estão buscando exercícios específicos e massagens que podem ajudar a aliviar a tensão muscular na mandíbula e melhorar a função da articulação temporomandibular”, destaca.

Tratamento farmacológico: “Em casos graves, medicamentos como relaxantes musculares podem ser prescritos para ajudar a controlar os sintomas”, pontua.

Acompanhamento psicológico: “Opções como terapias no geral, podem ser eficazes para identificar e tratar os gatilhos emocionais do bruxismo”.

Estresse

“É importante lembrar que todas as opções citadas são indicadas dependendo do caso dos pacientes, às vezes, apenas a plaquinha ajuda, em outros casos, precisam indicar um  mix de tratamentos, mas o tratamento mais adequado são as placas miorrelaxantes em conjunto com terapias de redução de estresse”, diz a Dra. Ayub.

Segundo ela, “o aumento dos casos de bruxismo é um sinal claro dos tempos estressantes em que vivemos. No entanto, com a ajuda de profissionais de saúde e a adoção de estratégias eficazes de gestão de estresse, é possível controlar e reduzir os impactos dessa condição”.

A profissional diz que “é essencial buscar ajuda profissional ao primeiro sinal de sintomas, garantindo assim uma melhor qualidade de vida e a preservação da saúde bucal”.


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