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Embate seria normal se Gustavo não fosse sobrinho do ex-craque do Tricolor do Morumbi
Quando a bola rolar às 17 horas (de Brasília) deste domingo para o clássico entre São Paulo e Santos, paralelamente, um duelo familiar também estará sendo travado. Fora das quatro linhas, contudo.
Raí Souza Vieira de Oliveira e Gustavo Vieira de Oliveira, este último filho do ex-jogador Sócrates e sobrinho do ídolo tricolor, se enfrentarão pela primeira vez como diretores-executivos de seus respectivos clubes.
Além dos laços afetivos, outra coincidência é que ambos conduzem trabalhos em seu início. Raí foi apresentado como chefe do departamento de futebol do São Paulo em 8 de dezembro, ao passo que Gustavo iniciou sua trajetória no Peixe no dia 5 de janeiro.
Raí chegou falando em “construir uma identidade de jogo, que independa do treinador. A base do meu trabalho e as primeiras atitudes serão nesse sentido. Quero que o São Paulo crie um estilo próprio que tenha a ver com sua história”.
Já Gustavo frisou que “é um extremo orgulho e responsabilidade vestir essa camisa do Santos. O torcedor, tenha certeza, está bem representado”.
O projeto do são-paulino, no entanto, parece estar mais avançado. Após não conseguir segurar Hernanes e Lucas Pratto, Raí trouxe peças de reposição, como Diego Souza e Nenê. E ainda reforçou o elenco com as vindas de Jean, Anderson Martins, Valdívia e Tréllez.
Com menos tempo de trabalho, Gustavo tenta, aos poucos, fortalecer o time que perdeu pilares como Ricardo Oliveira, Lucas Lima e Zeca, que trava briga judicial com o clube alvinegro. Por enquanto, foram contratados os atacantes Eduardo Sasha e Gabigol, além do técnico Jair Ventura, escolhido para liderar o processo de reconstrução da equipe.
O lateral esquerdo Dodô também está na iminência de ser anunciado. Como Caju e Romário não vêm agradando, o jogador da Sampdoria-ITA chegaria para preencher tal lacuna. Tanto é que não está descartada a possibilidade de o atacante Copete ser improvisado na posição durante o clássico deste domingo.
Mais experiente que o tio na função, Gustavo conhece bem onde Raí está trabalhando. O atual diretor santista soma duas passagens pelo clube do Morumbi, de onde saiu após não conseguir desenvolver o seu trabalho em períodos tumultuados politicamente, entre 2013 e 2016.
Tio e sobrinho de sangue, mas agora adversários. Pelo jeito, atribulados e cheios de problemas a serem resolvidos, têm mantido raro contato. “Não sei, faz um mês que não falo com ele. É meu rival (risos)”, brincou Gustavo, questionado sobre o trabalho de Raí durante sua primeira entrevista como diretor do Peixe.
Contato que certamente será retomado neste domingo, no Morumbi. Das tribunas da casa são-paulina, os executivos assistirão ao clássico. Vindo de quatro vitórias consecutivas sem sofrer gols, o Tricolor chega em um momento melhor.
O Santos, por sua vez, se recuperou de uma série de três jogos sem triunfar ao bater o São Caetano na última quarta. Os dois, porém, lideram seus respectivos grupos no Paulistão.