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Raças híbridas é quando cães de raças diferentes se cruzam; entenda por que é preciso cuidado com esse problema tão comum
Cão Cockapoo é uma raça híbrida, da cruza de Cocker Spaniel com Poodle – foto Freepik
Você já ouviu falar de raças híbridas de cães? Se você costuma usar as redes sociais, então já deve ter visto notícias sobre pessoas que deixaram – por acidente ou não – cães de raças diferentes cruzarem, o que acaba resultando em um animalzinho híbrido.
Isso é tão comum que algumas dessas “misturas” já têm até nomes, como é o caso dos Labradoodles (Labrador + Poodle) ou dos Puggles (Pug + Beagle).
Segundo a médica-veterinária Dra. Aline Ambrogi Franco Prado, a ideia de quem quer essas raças híbridas é perpetuar certas características de cada espécie.
“O Cockapoo, por exemplo, é o resultado da cruza entre Cocker Spaniel e Poodle. Os animais nascem com uma pelagem muito bonita, encaracolada, e costumam ter as características dóceis das duas raças”.
“O mesmo acontece com os Labradoodles, Labrador com Poodle, que resultam em cães de porte grande, pelos longos e fofos, e temperamento muito dócil”, explica.
Porém, antes de simplesmente deixar dois cães de raças diferentes cruzarem, é preciso muita atenção, viu? Afinal, não é qualquer combinação que pode ser feita sem causar danos ao animal que vai nascer.
Por isso, segundo a especialista, a cautela é importantíssima nesse momento.
Cuidados e problemas com raças híbridas
Os cachorros híbridos são, em tese, sem raça definida (SRD). A diferença, segundo Dra. Aline, é que cães SRD são raças já misturadas e os híbridos são frutos de duas raças puras.
Segundo a médica-veterinária e docente do curso de Medicina Veterinária da UniFAJ, do Grupo UniEduK, não há problemas em um cachorro ser híbrido, a não ser que esse cruzamento seja feito de forma que possa trazer problemas de saúde para o bichinho.
“Como a genética não é matemática, não sabemos quais características os filhotes irão herdar. Raças braquicefálicas precisam de cautela para que não nasçam filhotes em sofrimento pela dificuldade de respirar”, explica a profissional.
Assim, é preciso sempre consultar um médico-veterinário para saber se é recomendável deixar duas raças específicas cruzarem ou não.
Ele vai te ajudar a entender as predisposições que o filhote pode acabar tendo e fazer um bom acompanhamento para que o cruzamento ocorra da forma correta.
Sem esse acompanhamento de um profissional, há um grande perigo de o cãozinho que nascer ter mutações genéticas que podem fazer com que o animal sofra muito durante a vida ou até seja abandonado ao nascer.
Mas como evitar o cruzamento?
Considerando que você não queira que os seus cachorros cruzem, seja por problemas que os filhotes possam sofrer ou por outros motivos, o ideal, segundo a Dra. Aline, é a castração dos machos e das fêmeas.
De acordo com a médica-veterinária, essa medida é mais segura do que apenas separar os bichinhos durante o cio, por exemplo, já que nesse caso eles poderiam acabar cruzando se houvesse algum descuido dos tutores.
*Informações Alto Astral