Queimadas e qualidade do ar: entenda qual o impacto da fumaça na sua saúde

  • Robson Leite
  • Publicado em 19 de setembro de 2024 às 19:00
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Os principais acometidos por doenças respiratórias são crianças, por apresentarem o sistema imunológico em desenvolvimento, e idosos.

Nas últimas semanas, diversas cidades da região de Franca e de todo o Brasil sofreram com focos de queimadas. O cenário não é novo, já que nesta época do ano, devido à escassez das chuvas, esse fenômeno é muito comum.

Porém, em especial neste ano, além do tempo seco e da baixa umidade do ar, os focos de incêndio aumentaram e a fumaça resultante dificulta a atividade respiratória.

Franca, especificamente, apresenta uma qualidade de ar que beira o insalubre, segundo o site suíço iqair (veja aqui)

Segundo o Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Brasil teve registro de mais de 154 mil focos de calor no mês de setembro.

Nesse sentido, uma das preocupações é a exposição à poluição atmosférica ao se combinar com os efeitos das ondas de calor, que são recorrentes nesta época do ano.

Como a fumaça pode afetar a saúde?

Entre os sintomas mais comuns causados pelo contato com o material particulado da fumaça estão a ardência nas narinas e na garganta, dor de cabeça e tosse persistente. Os efeitos podem ser ainda piores em pacientes que já apresentam alguma comorbidade, como asma e hipertensão.

Os principais acometidos por problemas e doenças respiratórias são crianças, por apresentarem seu sistema imunológico em desenvolvimento, e idosos.

Para esses grupos é essencial a atenção redobrada aos sintomas respiratórios e possíveis complicações de saúde. O indicado nesses casos é procurar atendimento médico o quanto antes para diagnóstico e medicação corretos.

Quais são as recomendações?

De acordo com o Ministério da Saúde, com o intuito de reduzir os danos à saúde provocados pelo contato com as partículas das queimadas, uma série de ações são necessárias.

Confira as principais.

Aumente a ingestão de água e líquidos. Dessa forma as membranas respiratórias ficarão úmidas e protegidas.

Feche portas e janelas durante os horários de maior concentração de poluentes no ar. Assim é possível minimizar a entrada da poluição externa.

Permaneça em ambientes fechados e com conforto térmico. Além disso, busque ambientes com ar condicionado e filtros de ar com o intuito de reduzir a exposição.

Evite praticar atividades físicas ao ar livre durante este período.

Não consuma alimentos, bebidas ou medicamentos que foram expostos a detritos de queimadas ou cinzas.

Utilize máscaras, de preferência as do tipo N95, PFF2 ou P100. Elas podem reduzir a inalação de partículas para as pessoas que precisem sair de casa.

Nocivos à saúde

Segundo o portal Metrópoles, além dos recorrentes problemas respiratórios, a fumaça proveniente das queimadas também pode afetar a pele e outros órgãos, em especial os de contato.

De acordo com a dermatologista Anelise Dutra, o tempo seco resultante das queimadas pode influenciar no surgimento de quadros nocivos à saúde.

“Com a umidade relativa do ar abaixo dos níveis considerados adequados à saúde, a pele se ressente mais intensamente com a diminuição natural da oleosidade. Esta é a condição propícia, por exemplo, para os quadros de dermatite atópica”, conclui a especialista.


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