Queimadas atingem rede elétrica e afetam 20 mil consumidores em MG

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 17 de setembro de 2018 às 08:59
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:01
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Cemig apontou que 20 mil clientes ficaram sem energia elétrica no primeiro semestre

Ocorrências no Triângulo Mineiro no 1º semestre – 2017/2018

2017

2018

Ocorrências

Clientes afetados

Ocorrências

Clientes afetados

9

677

8

92

Levantamento realizado pela Cemig apontou que 20 mil clientes ficaram sem energia elétrica no primeiro semestre de 2018 por causa de incêndios que atingiram a rede elétrica.

No período foram registradas 77 interrupções na área de concessão da empresa, sendo a maioria na Região Metropolitana de Belo Horizonte, no Sul e no Norte de Minas. No Triângulo Mineiro, nos primeiros seis meses deste ano, o volume de clientes atingidos caiu mais de 80%.

No primeiro semestre de 2017 foram registradas 95 ocorrências, afetando mais de 41 mil usuários em todo o Estado. Na região do Triângulo foram oito ocorrências e 92 clientes foram atingidos. No mesmo período do ano passado foram nove ocorrências, mas o número de consumidores afetados foi bem maior: 677.

Para minimizar os possíveis danos provocados pelo fogo, a Cemig realiza anualmente ações preventivas, investindo na limpeza de faixas de servidão, com a poda de árvores e arbustos, remoção da vegetação ao redor das torres e aplicação de pintura antichama nos postes de madeira em locais de risco.

Contudo, de acordo com o engenheiro eletricista Demétrio Aguiar, da Cemig, essas ações não são suficientes, uma vez que a maioria dos incêndios é decorrente de práticas humanas impróprias ou imprudentes. 

“A principal causa de incêndios florestais em Minas Gerais são as queimadas preparatórias de pastos e de terrenos para plantio, que acabam fugindo do controle dos agricultores e se espalham rapidamente, especialmente em dias de altas temperaturas e baixa umidade do ar. Além disso, o abrasamento de lixo e o descarte de cigarros acesos na beira das estradas também ocasionam queimadas em nosso Estado”, explica o especialista.

Ainda segundo Demétrio, ao atingir redes de distribuição de energia, os incêndios podem provocar danos aos postes e, consequentemente, destruição dessas estruturas e de cabos condutores. 

Nessas situações é necessário substituir os equipamentos, atividade que demanda tempo e provoca a demora na religação dos circuitos atingidos.


+ Meio Ambiente